Leda Sadala pode perder o mandato e Ofirney ficar inelegível

Prefeito de Santana pode ficar inelegível.
O desembargador Gilberto Pinheiro, vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), é o relator da ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que tramita contra a deputada federal Leda Sadala (Avante) e o irmão dela Ofirney Sadala, prefeito Santana. O processo tinha audiência de instrução marcada para ontem, quinta-feira (30). 

O Ministério Público Eleitoral (MPE), autor da ação, aponta suposta prática de abuso de poder no âmbito da Prefeitura de Santana a partir do depoimento de José dos Passos Carmo, citado durante depoimento da testemunha na Procuradoria Regional Eleitoral e degravado na inicial. 

O que foi possível extrair da fala de José dos Passos Carmo, é que o coordenador geral do Esporte da prefeitura de Santana, Raimundo de Jesus Bahia Pacheco, popularmente conhecido pela alcunha de ‘Testa’, queria que os monitores do projeto “Esporte Vivo” da prefeitura participassem de reunião marcada com candidatos apoiados pelo prefeito Ofirney Sadala, porém, José dos Passos declarou que deixou de comunicar e convocar os monitores para a tais reuniões. 

Segundo a investigação do Ministério Público Eleitoral, durante todo o pleito de 2018, a estrutura da prefeitura de Santana foi utilizada para favorecer a candidatura de Leda Sadala e de Jory Oeiras. Houve relatos de constrangimentos aos servidores públicos municipais para que não apenas votassem de maneira forçada, mas também trabalhassem na campanha dos candidatos. No caso dos contratos administrativos, havia a ameaça de desligamento do contrato em caso de não engajamento na campanha. 

Nos depoimentos colhidos pelo MP Eleitoral, foi informado que o prefeito Ofirney Sadala e a candidata Leda Sadala, sua irmã, participaram juntos de diversas reuniões políticas para as quais servidores públicos eram convocados. Nas ocasiões, eram pessoalmente advertidos de que a manutenção do contrato administrativo com a prefeitura de Santana dependia do claro engajamento na campanha eleitoral. 

Além da pressão realizada sobre os servidores municipais, constatou-se, afirma o MP Eleitoral, que o abuso de poder político ocorreu contra pessoas que participavam de associações que mantinham convênios com a prefeitura de Santana. É o caso dos monitores do programa Esporte Vivo, que foram compelidos a apoiar os candidatos sob pena de não receber mais qualquer bolsa ou remuneração do projeto. 

Em caso de condenação, os responsáveis por abuso do poder político podem ser penalizados com inelegibilidade para as eleições a se realizarem oito anos subsequentes à eleição em que se verificou o abuso e com a cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado. Além dos candidatos também vai responder à ação o prefeito de Santana, Ofirney Sadala. Outras pessoas ligadas à prefeitura e responsáveis por coagir os servidores a participarem das campanhas também fazem parte das ações.

Informações postadas no site FATOS.

Comentários

  1. TODO MUNDO SABE DISSO ,E POUCO SE FAZ PARA QUE ESSE TIPO DE SITUACAO NÃO SE REPITA MAIS....




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