Boto-rosa é encontrado morto em estado de decomposição no porto de Santana

Um boto-rosa macho, com 2,64 metros de comprimento, foi encontrado morto neste domingo (2) às margens da Companhia Docas de Santana, no Amapá. O animal estava em estado avançado de decomposição. 

A carcaça foi recolhida por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e levada ao Laboratório de Mamíferos, onde passará por exames e desossagem. Os restos serão incluídos na coleção científica do instituto. 

O atendimento foi feito por integrantes do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC), mesmo o boto-rosa não sendo espécie-alvo do programa. 

A coordenadora do projeto, Claudia Funi, explicou que o caso tem valor científico e pode ajudar a entender os encalhes na região. 

“O boto rosa vive em rios e áreas estuarinas, próximas à costa. Não é um animal marinho. Mesmo assim, atendemos esses casos pelo valor científico e para investigar as causas e frequência dos encalhes”, disse Funi. 

Segundo ela, muitos encalhes estão ligados à interação com a pesca, colisões com embarcações ou caça para retirada de órgãos genitais — o que não ocorreu neste caso. 

O PCMC foi criado em 2024 como exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para liberar a pesquisa marítima da empresa TGS nas bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira. 

O projeto realiza monitoramento de praias para identificar e estudar encalhes de baleias, botos e golfinhos. Também promove ações de educação ambiental em comunidades da região. 

Em casos de encalhe de animais marinhos, o PCMC atende pelo Disk Encalhe, disponível via WhatsApp: 📱 (96) 99206-3344 📱 (96) 99116-3712

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