O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) inaugurou, na manhã desta quarta-feira (20), o Banco Vermelho – símbolo mundial de luta contra o feminicídio, no Fórum de Santana.
O espaço, que se localiza na frente da sede da Comarca, é um convite à reflexão da sociedade sobre a necessidade de combater todas as formas de violência contra a mulher.
A iniciativa é da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid/TJAP) e faz parte também da programação da 30ª Semana Nacional da Campanha Justiça Pela Paz em Casa, que objetiva intensificar audiências de processos relacionados à violência doméstica e familiar e julgar casos de feminicídio.
O evento contou com representantes dos órgãos da Rede de Atendimento à Mulher (RAM) do município de Santana, servidores e servidoras da casa.
O diretor do Fórum de Santana, juiz Julle Anderson Motta, comentou sobre o significado do evento e da intensificação do debate no Agosto Lilás – que é o mês da campanha de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher:
“A Lei Maria da Penha, que faz aniversário em agosto, deu voz às mulheres para pedirem ajuda, serem acolhidas e saberem que podem ter seus interesses e direitos defendidos. Iniciativas como essa repercutem em mais ações positivas em todas as searas da Justiça”, defendeu.
A titular da 3ª Vara Cível da Comarca de Santana, juíza Michelle Farias, pontuou sobre a luta constante contra a morte de mulheres:
“O feminicídio é a forma mais drástica de violência contra a mulher, mas ele não surge do nada. Existe uma escalada da violência e muitos estudos comprovam isso. Ele nasce da dominação e de outros tipos de violência. Uma ação como esta mostra que a violência contra a mulher é dura, cruel, não tem sentido de acontecer e tem que parar”, concluiu.
Desde o ano passado, as cidades brasileiras precisam instalar bancos vermelhos em espaços públicos para representar o combate à violência contra mulher.
A Lei 14.942/2024 faz parte de uma campanha de conscientização sobre a violência e o feminicídio durante o Agosto Lilás.
O banco vermelho surgiu em 2016 na Itália e foi trazido ao Brasil por duas mulheres recifenses que perderam amigas vítimas do feminicídio.
O banco representa o compromisso com o feminicídio zero convidando as pessoas a sentarem para refletir e ao se levantarem, a agirem.
Mais informações: https://institutobancovermelho.org.br/
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