Pai e mãe são indiciados após ossada de bebê ser encontrada em quintal, em Santana

Uma mulher e um homem, ambos de 33 anos, foram indiciados nesta segunda-feira (21) por ocultação de cadáver e aborto. Os dois eram os pais de uma bebê do sexo feminino, encontrada morta no quintal da genitora. Segundo as investigações policiais, o corpo estava enterrado no local há um ano, após a mãe grávida de 7 meses realizar um aborto sozinha. 

A ossada foi encontrada no bairro dos Remédios 2, no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá. O caso foi levado à polícia há cerca de um ano, pelo ex-companheiro da vítima e pai da bebê, por ele não aceitar o término do relacionamento. 

Segundo o delegado Antério Almeida, da Delegacia de Infância e Juventude de Santana (DIJ), tanto o pai quanto a mãe foram indiciados. Além disso, os dois possuem uma filha de 6 anos. 

"A equipe imediatamente foi até o local e lá foi constatado que existia uma ossada humana características de um bebê recém-nascido. Imediatamente coletamos esse material e caminhamos a Politec (PCA)", disse o delegado. 

Sobre a investigação 
As investigações iniciaram desde a denúncia do ex-companheiro da mulher no ano passado, após o fim da relação dos dois. O inquérito foi concluído este ano, com a conclusão do laudo pericial da Polícia Científica (PCA) após a perícia do local e do cadáver do bebê. 

Atualmente, o pai da bebê está preso pelo crime de tráfico de drogas. O homem possuía medida protetiva contra a ex-companheira e era proibido de se aproximar dela com o uso da tornozeleira eletrônica. 

Ainda segundo o delegado, a mulher alegou que vivia uma relação conturbada, com brigas constantes e agressões da parte do homem. 

"Ela não queria ter uma criança, razão pela qual ingeriu diversos medicamentos contraceptivos no dia do ato. Ela colocou a filha de 6 anos em outro cômodo e esperou o marido sair para realizar o aborto", disse o delegado. 

Sobre o aborto 
Em depoimento, a mulher confessou o crime. Ela revelou que fez o aborto sozinha, com diversos remédios e disse que não queria ter mais um filho com o homem. A família da mulher não teria sido comunicada sobre a gestação. 

Na denúncia, o homem tinha dito que não sabia que a mulher iria realizar o aborto e foi surpreendido ao chegar em casa, quando ainda estavam juntos, na época dos fatos. 

"Após o aborto, ela entrou em contato com seu companheiro que ao chegar no local, ambos realizaram o sepultamento da criança no quintal da residência", disse o delegado Antério. 

O pai da bebê foi iniciado por ocultação de cadáver e por permanecer em silêncio durante longo período mesmo sabendo dos fatos. A mãe foi indiciada por ocultação de cadáver e aborto ilegal.

*Informações postadas no G-1 Amapá.

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