Projeto “A Própria Ação de Vida” terá ação de sensibilização em Santana

A comarca de Santana recebe, no próximo dia 06 de setembro, no Plenário do Fórum, o Encontro de Sensibilização do projeto “A Própria Ação de Vida”. Iniciativa é da juíza Eliana Pingarilho, titular da 2ª Vara Cível e de Fazenda Pública, em parceria com a Central Psicossocial das varas cíveis e criminais. 

Sob condução da psicóloga Elizabeth Moraes Guerra, o projeto pretende funcionar como piloto para implementação da Justiça Terapêutica no Amapá. 

O encontro, que será realizado das 08 às 12 horas e das 14 às 17 horas, terá como público-alvo magistrados, promotores, defensores públicos, servidores da Justiça e do Ministério Público, colaboradores de instituições parceiras, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), e voluntários em geral, entre eles acadêmicos do curso de Psicologia da Faculdade Seama. 

De acordo com a psicóloga Elizabeth “a sensibilização, que terá um público de cerca de 60 pessoas, cobrirá vários aspectos do atendimento e tratamento de pessoas com vícios e utilizará um formato de diálogo interativo, abordando questões sociojurídicas, de saúde e quem é o adicto, em uma construção conjunta de possibilidades para o projeto seguir em frente”. 

Segundo a juíza Eliana Pingarilho, o objetivo é oferecer um cuidado mais efetivo e com maior potencial de sucesso a pessoas que, devido ao vício em substâncias psicoativas (lícitas ou ilícitas), se viram produzindo um conflito ou infração que os levou às mãos da Justiça. 

“A pessoa que sofre com o vício, seja no álcool, em medicamentos ou mesmo drogas ilícitas em geral, muitas vezes causam danos à própria vida ou de seus familiares devido ao uso abusivo da substância, e a Justiça Terapêutica busca potencializar a abordagem do problema de maneira mais plena, conscientizando-a sobre o Tratamento Fora do Domicílio (TFD)”, argumentou a magistrada. 

“Além dos conflitos de família, por guarda de criança, e financeiros, por dívidas, há muitos atos de violência familiar ou crimes de assalto para sustentar o vício”, relatou a magistrada, defendendo que “se o Sistema de Justiça puder contribuir para um tratamento mais efetivo, podemos não apenas amenizar ou resolver a situação daquela pessoa, como ajudar a desjudicializar diversas unidades da nossa Justiça e promover ainda mais a paz social”. 

A magistrada acrescenta ainda que o projeto tem amplo apoio tanto da Presidência do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), quanto da diretoria da Escola Judicial do Amapá (EJAP). 

“O presidente do TJAP, desembargador João Lages, conheceu o projeto e garantiu ser grande parceiro e incentivador, pois a Justiça Terapêutica já é realidade em outros tribunais e ainda não tínhamos nenhum projeto relacionado a essa abordagem”, registrou, acrescentando que “o diretor da EJAP, desembargador Carlos Tork, também nos recebeu muito bem e já se disponibilizou como parceiro da ideia e entrará com a realização de um curso com carga horária prevista de 20 horas para o mesmo público da sensibilização de setembro”. 

Inicialmente com previsão de 60 participantes, a organização do projeto, percebendo a alta procura, ampliou em 50% as cadeiras disponíveis, abrindo espaço para os 90 primeiros interessados inscritos pelo link

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