A Central de Conciliação da Comarca de Santana realizou no último final de semana círculos de diagnóstico na comunidade quilombola de São Tomé do Alto Pirativa, localizada nas proximidades do Rio Matapi.
O objetivo foi dialogar com os moradores e verificar quais as dificuldades que enfrentam e, a partir daí, visualizar soluções.
A iniciativa surgiu a partir de denúncias encaminhadas pela Central de Proteção da Vara da Infância e Juventude, com isso ensejando a necessidade da visita à comunidade quilombola.
A supervisora da Central de Conciliação, Neide Santos, evidencia a importância da realização dos círculos.
“Nós detectamos várias situações para intervirmos com a conciliação, a mediação e os círculos restaurativos, e encontramos demandas para acionar os órgãos de políticas públicas do município e do estado", disse a servidora.
Para a coordenadora, juíza Larissa Antunes Noronha, a presença da Central na comunidade quilombola utilizando as ferramentas das práticas circulares é uma forma de ouvir das próprias pessoas as dificuldades que eles têm, seus anseios, e juntos procurar encontrar soluções para eventuais conflitos e prevenir atritos futuros.
“Essas práticas restaurativas têm sido muito importantes na construção desse diálogo, no resgate da autonomia dessas comunidades que, por serem distantes, carecem muito de um olhar especial do Poder Público”.
Sônia Fernandes, facilitadora de círculos restaurativos, conta que ir até o local foi um desafio que proporcionou conhecer outra realidade.
“Enquanto facilitadora, tenho certeza que fiz a minha parte e estou disposta a voltar a qualquer momento na comunidade do Alto Pirativa porque foi uma experiência única”, destacou.
A equipe do CEJUSC irá retornar à comunidade para fazer o atendimento das situações que foram relatadas pelos habitantes.
Haverá a participação de órgãos da saúde, educação, assistência social e segurança pública para abordagem dos problemas expostos.
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