Da construção da estátua ao nome da avenida, Santa Ana viveu polêmicas em nossa cidade

Logo que se entra na segunda maior cidade do Amapá, pode-se ver uma bela estátua que já identifica não apenas o tamanho da concepção religiosa, mas também demonstra fortes informações sobre suas origens históricas para que assim pudesse receber esse nome.

Localizada no cruzamento da famosa Avenida Santana com a Rua Adálvaro Cavalcanti, a estátua que representa a padroeira municipal segue firme e forte há exatos duas décadas, quando ali foi colocada como presente religioso. 

Apesar de existir em Santana uma lei municipal desde 1990, que reconhece a importância histórica e religiosa de uma das mais conhecidas e respeitadas padroeiras amapaenses, já houve-se no passado momentos que causaram fortes discussões e até polêmicas em torno dessa grande religiosidade que o município mantém há décadas. 

O blog fez um levantamento histórico desses ‘causos’ que deram muito o que falar na cidade. 

Presente aos católicos 
No final do século XX – entre 1998 e 1999 – o então prefeito de Santana Judas Tadeu Medeiros decidiu presentear a cidade portuária com a construção da estátua da padroeira do município, o que deixou a sociedade católica local feliz com o anúncio. 

No entanto, a decisão do Executivo Municipal gerou polêmica entre os evangélicos da cidade que, segundo informações, também cobraram um presente para os pentecostais santanenses. 

“Se vão construir um monumento para os católicos, tem que construir um também para os evangélicos”, protestou um líder na época da repercussão. 

Em meio às críticas e elogios, a Prefeitura de Santana acabou por construir dois importantes monumentos ainda em 1999: a estátua da padroeira Santa Ana e a inotável Praça da Bíblia, localizada em frente ao antigo portão da mineradora ICOMI, na área portuária. 

Novo nome para Avenida Santana 
Outro grande impasse que causou discussões, não ficou apenas no âmbito social, mas envolveu o legislativo e o executivo da cidade, que foi de onde originou as conversas. 

Em junho de 2005, um Projeto de Lei saiu da Câmara de Vereadores e foi parar nas mãos do então prefeito Antônio Nogueira, propondo a mudança do nome da Avenida Santana para Avenida Miguel Pinheiro Borges, como forma de homenagear o genitor de um ex-prefeito santanense. 

A mudança pegou de surpresa a comunidade católica, que logo se manifestou contra a decisão e colocou grande parte da sociedade em divergência com os vereadores daquela legislatura e com o prefeito Nogueira. 

Devido à grande repercussão que o fato se consumia, o prefeito voltou atrás e manteve o tradicional nome da avenida, que se mantém ao longo dos mais de 4km de extensão desde 1966.

Fotos de Iran Fróes.

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