Vendedores de açaí em Santana serão cadastrados para aumentar controle da doença de Chagas

Técnicos da área da saúde traçam plano de ação
Equipes das vigilâncias epidemiológica e imunização, sanitária e ambiental, em parceria com a sala do empreendedor, se reuniram para traçar estratégias para desenvolver um plano de ação ao combate e controle da doença de chagas em Santana, a 17 quilômetros de Macapá. Em 2018, o município registrou 17 casos da doença até outubro. 

Com objetivo de conscientizar a população, especialmente os donos dos estabelecimentos que produzem e vendem açaí, será realizado o cadastro de todas as amassadeiras do município. 

Os empresários serão orientados quanto aos procedimentos e cuidados no preparo do açaí, o principal produto relacionado à contaminação da doença, que é transmitida através de consumo do alimento infectado pelas fezes do inseto barbeiro. 

Para a Vigilância Epidemiológica e Imunização de Santana, a população pode ajudar na pesquisas em relação ao tratamento da doença. Basta levar os barbeiros, inseto causador da doença, que forem encontrados em casa, ao centro da unidade no município. 

“Qualquer morador que ver um inseto parecido com o barbeiro pode pegá-lo e trazer para gente, desde que não toque nele. É preciso usar materiais descartáveis para recolhê-lo. Chegando aqui, encaminharemos para o laboratório de pesquisas e isso pode ajudar bastante nos estudos para o tratamento”, explicou Ediana Marques, diretora do órgão. 

Em relação a campanha de prevenção da doença, um dos primeiros passos será a capacitação dos agentes que irão realizar a abordagem com a população. Para a diretora da vigilância epidemiológica de Santana, a fase inicial é muito importante para que ela seja eficaz. 

“Não queremos punir ninguém e nem fechar estabelecimentos, queremos conscientizar as pessoas sobre as precauções que devem ser tomadas com a produção do açaí”, esclareceu. 

A doença de Chagas é grave e os sintomas são febre por mais de oito dias, seguida de cansaço, diarreia, vômito, dores de cabeça e musculares. Casos mais complicados podem evoluir com manifestações cardíacas, além do comprometimento do fígado e baço.

Informações postadas no G-1 Amapá

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