Nogueira diz que prefeito de Santana praticou crime ao encerrar ano letivo antes do previsto

O ex-prefeito de Santana Antônio Nogueira (PT) afirmou nesta segunda-feira (31), que o atual prefeito, Ofirney Sadala, praticou crime ao encerrar o ano letivo no município antes da data prevista no calendário escolar. 

Segundo ele, as cadernetas foram adulteradas, com avaliação fictícia do 4º bimestre, o que, na sua avaliação, enseja fraude, considerando que o calendário prevê o encerramento das aulas em fevereiro de 2019 por causa do início tardio das aulas do município em 2018.

“A lei da Educação determina 200 dias letivos ou 800 horas anuais, com quatro bimestres, cada um com duração de dois meses. O 1º semestre foi encerrado em junho e depois retornaram em agosto; mas eles dispensaram contratos administrativos do pessoal da Educação alegando economia, e também porque não tem mais merenda, e deram um jeito de encurtar o calendário, acabando tudo em dezembro e anunciaram o início do ano letivo em 18 de fevereiro; isso é crime, eu sou professor, estou em sala de aula, e estou trabalhando; nosso recesso só é até depois de amanhã e na sexta voltamos a trabalhar até o final de janeiro, inclusive trabalhando aos sábados para cumprir a carga horária; é um absurdo esse encerramento antes do que prevê o calendário”, opinou. 

Questionado sobre afirmações de adversários que atribuem essas críticas por suposta “dor de cotovelo” porque o atual prefeito conseguiu eleger sua irmã, Leda Sadala, deputada federal e ele não conseguiu eleger a irmã deputada estadual, Nogueira reagiu: 

“Eu tenho dito que faço as minhas críticas construtivas, sou cidadão santanense, moro aqui, fui vereador e prefeito, tenho missões outorgadas pelo povo, mesmo sem mandato, e como cidadão quando vejo que fazem de forma diferente não dá pra me calar, tenho que ajudar; todos nós temos que ajudar e denunciar o que está errado. Isso é leviano, é um absurdo usarem essa questão da eleição; eu não usei a máquina, e nunca respondi a processo por usar máquina”. 

Uso da prefeitura na campanha eleitoral 
Perguntando se estaria insinuando que Ofirney usou a prefeitura para eleger a irmã, Nogueira disse que não se trata de insinuação, mas sim de afirmação: 

“Não estou insinuando, estou afirmando, tanto que tem processo contra ele, o Ministério Público Eleitoral diz que ele usou a máquina (administrativa), e se usou ele vai ter que responder; eu nunca respondi porque nunca usei. Não tem nada a ver com isso; mas, estou falando da Educação, tenho que mostrar as coisas, é uma situação muito irresponsável do prefeito”, afirmou, acrescentando: 

“Mais grave ainda é que para dar legalidade à situação foi elaborado um calendário fictício para preenchimento de cadernetas até março de 2019 para encerrar o 3º bimestre ainda no final de dezembro. Alguns professores me colocaram isso, eles fizeram a avaliação do 4º bimestre de forma açodada; eles fizeram isso, só que tem que cumprir o calendário; eles fizeram isso porque tem que registrar nos sistemas estadual e nacional; ora, como pode o ano letivo iniciar antes de começar outro? Estou denunciando o caso à Câmara de Vereadores, à imprensa, ao Conselho de Educação e ao Ministério Público porque é inaceitável! É um absurdo!”

Informações postadas no Diário do Amapá

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