Projeto para ampliação de transporte público é discutido em audiência pública em Santana

Uma audiência pública em Santana, município a 17 quilômetros de Macapá, discutiu o projeto para a ampliação do serviço de transporte público na cidade, que atualmente conta com apenas oito ônibus para atender toda a população. O encontro ocorreu nesta segunda-feira (26) na Câmara de Vereadores. 

Por causa do quantitativo abaixo do necessário, quem precisa de locomover entre os bairros de Santana, usando o transporte público, é obrigado a ficar um bom tempo nas paradas de ônibus. 

O operador ferroviário Raimundo Bahia, por exemplo, estava na área portuária querendo ir para o bairro Nova Brasília. Ele aguardava há quase meia hora a condução. 

“O ônibus que circula aqui em Santana demora muito e por isso a gente pega o que vem de Macapá, e paga mais também”, disse o trabalhador. 

O usuário não reclama somente da demora, mas também das condições dos veículos. 

“A gente senta num ônibus desse chega dá nojo. A cadeira suja e imunda chega tá a marca do suor da pessoa. É imundo”, reclamou a aposentada Eulália Cardoso. 

Santana tem cerca de seis linhas de ônibus, com oito veículos em circulação para atender uma demanda populacional de mais de 100 mil habitantes. Em muitos bairros os transportes não passam, como é o caso do Nova União e do Jardim de Deus. 

Na audiência pública foi apresentado o roteiro de estudo para a elaboração de um projeto de ampliação do sistema de transporte público para a região. 

O documento vai apontar um diagnóstico e será usado como base para a abertura de licitação para a contratação de nova empresa. 

“Isso é uma etapa. Nós contratamos uma equipe especializada para fazer o projeto básico, o termo de referência e agora é montar a licitação e o mais rápido possível atender ao anseio da população de Santana. Estão reunidos aqui todos os presidentes de bairro, para discutir onde será a nova rota do transporte coletivo urbano do município”, explicou o prefeito Ofirney Sadala. 

Segundo a prefeitura, o projeto atende a uma recomendação do Ministério Público do Estado, feita logo após o fim do contrato de concessão, em março do ano passado, com a única prestadora do serviço. A empresa atua desde 2007 no município. 

“É para resolver de uma vez, já que a empresa que atua em Santana está atuando de forma precária, por meio de uma autorização. Com essa audiência pública nós vamos caminhando para uma delegação por meio de uma licitação, na modalidade de concorrência, que vai gerar uma concessão”, finalizou o prefeito.

Informações postadas no G-1 Amapá

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