ELEIÇÕES: Candidatos no Amapá são alvos de boato e discriminação

Victor e Alandy atingidos por boato e discriminação
Há cerca de duas semanas a campanha eleitoral no âmbito estadual deu sua largada no Amapá e a concorrência entre os candidatos já tem sido bastante acirrada. 

Com mais de 450 candidatos inscritos – concorrendo a vagas de deputados estaduais, federais, senadores e ao Governo Estadual – os mais de 510 mil eleitores amapaenses buscam de modo cauteloso fazerem a escolha certa que não lhes trará futuros arrependimentos. 

Porém, ao contrário do que muitos podem achar que a campanha esteja ocorrendo de forma pacífica e até ‘limpa’, engana-se. 

Pelo menos dois candidatos – um estadual e outra federal – foram os mais recentes alvos de boatos e discriminações. 

Candidato emitiu uma nota desmentindo boato
Idealizador do Projeto ‘Anjos da Saúde’ Drº Victor Amoras, que levanta a bandeira para uma das 24 vagas ao legislativo estadual, foi surpreendido na manhã desta quinta-feira (30) por inúmeras mensagens de apoio de amigos e correligionários que achavam que o médico estava internado numa clínica particular desde ontem, conforme foi falsamente divulgado pelas redes sociais. 

Em nota postada por sua assessoria de campanha, Drº Victor informou que “encontra-se muito bem e segue trabalhando muito em busca de conquistar a vaga pretendida” e não sabe ao certo o que levou a falsa notícia a ser divulgada. 

Discriminação 
Já a candidata a deputada federal no Amapá Alandy Cavalcanti (Solidariedade) denunciou a presidência nacional de seu partido de está discriminando as mulheres que concorrem à vaga no Estado. Segundo a candidata – que é professora e líder da causa que defende os direitos da mulher –, o dirigente nacional do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força, havia prometido ajudar o diretório local após o registro das candidaturas. 

Solidariedade: “Não apoia mulheres”
No entanto, através de um interventor do partido no Amapá, a candidata teria sido surpreendido com o aviso de que não terá nenhum centavo de apoio, “pois o partido não tem interesse de eleger mulheres para a Câmara dos Deputados”, tanto que já salientou que só um candidato receberá os recursos, ficando de fora ela e outras quatro (04) candidatas a deputada estadual. 

A decisão tomada pela presidência nacional vem causando revolta no meio político no Amapá, sobretudo as mulheres, que detêm 52% do eleitorado, já que o partido abandonou os candidatos, tendo antes se comprometido a repassar os valores previstos na lei, além de todo material gráfico, despesas com contador pra prestação de contas e advogado para consultoria dos candidatos. 

Segundo informações, o Solidariedade recebeu um montante de 40.127.359,42 do FEFC, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e mais recursos do Fundo Partidário, conforme a Resolução TSE nº 23.568/2018

Para Alandy, o presidente da Paulinho da Força, que também está sendo investigado pela Polícia Federal, através da Operação Registro Espúrio, está destinando a maior parte dos recursos do povo, que é público, em benefício da sua própria eleição e dos seus apadrinhados, demonstrando assim que esse financiamento público só elegerá homens e os ricos. 

Ela destacou que as mulheres do Amapá não aceitam o machismo e essa predatória discriminação de gênero, mesmo que o partido, nos bastidores, envide esforços pra só eleger homens. 

Ela destacou que vai ingressar na justiça e pedirá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a quebra de sigilo bancário de todos os que integram a diretoria do Solidariedade, bem como a suspensão de repasses de recursos e que a própria justiça eleitoral faça essa distribuição.

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