Em Santana, estelionatários são presos oferecendo linha de crédito em nome da Afap

Três homens foram presos na tarde desta quinta-feira (28/06) acusados de estelionato no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, durante uma ação da 2ª Delegacia de Polícia Civil (2ª DP) sob comando da delegada Luiza Maia. 

Segundo a delegada, os homens presos se passavam por servidores da Agência de Fomento do Amapá (Afap) e ofereciam liberação de créditos de até R$ 150 mil para pequenos empreendedores com a promessa deliberar o crédito em no máximo 15 dias, mediante pagamentos que variavam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. 

“Eles se apresentavam sempre muito bem trajados, com fichas cadastrais que podem ser acessadas por qualquer cidadão que queira realizar uma proposta de empréstimo junto à Afap, e conheciam de certa forma o trâmite legal de empréstimo. Eles diziam que conseguiam liberar o crédito de forma célere, mas para isso cobravam uma porcentagem. Inclusive, no momento das prisões eles estavam recebendo esse adiantamento de uma das vítimas que havia feito a denúncia”, revelou a delegada, acrescentando que mais de uma dezena de pessoas já haviam procurado a delegacia para denunciar a fraude. 

O mentor do grupo foi identificado como José Gregório de Almeida, de 54 anos, que se apresentava como gerente da agência. Os outros dois são Francinaldo Loureiro dos Santos – que se passava por subgerente – e Carlos Lopes Marques, que seria o contador do grupo. 

“Serão indiciados por estelionato e ainda vamos verificar a questão de uso de documento público na aplicação do golpe. Pedimos a todas as pessoas que foram vítimas dessas pessoas que nos procurem para formalizar a denúncia”, alertou a presidente do inquérito. 

A Afap informou que nenhum dos presos foi ou é servidor da agência, e que nunca realiza esse tipo de abordagem, explicando que é o interessado em obter o crédito que procura a central, e que não existe de forma alguma pagamento para disponibilizar a liberação da linha de crédito. 

Os estelionatários diziam às vítimas que conseguiriam o crédito, mesmo que a pessoa estivesse negativada juntos aos órgãos de proteção ao crédito, e que a liberação sairia em até no máximo 15 dias. Porém, o processo oficial de análise, aprovação e liberação dos recursos leva em média 90 dias. 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg

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