1965: O mundo todo já conheceria o manganês do Amapá!

A exportação mineral estava espalhada no mundo
Com exceção da Oceania e da África, todos os continentes do mundo já recebiam o manganês exportado do então Território Federal do Amapá em 1965. 

Segundo dados do Departamento de Exportação da empresa ICOMI (Indústria e Comércio de Minérios S/A), que na época gerenciava a exploração e exportação do produto no Amapá, os portos de destino, para onde o manganês era embarcado foram os seguintes: Baltimore, Burnside, Newsportnews, Portlant e Houston (EUA); Contrecoeur (Canadá); Middlesbrough, Workington, Irlam e Liverpool (Inglaterra); Dusseldorf e Hafen Walsum (Alemanha); Sauda (Noruega); Corcubion e Santander (Espanha); Marghera (Itália); Szczecin (Polônia); Fushiki, Niigata e Sakata (Japão); e San Nocholas (Argentina). 

1965: Pátio de estocagem de minérios da ICOMI
De janeiro a dezembro de 1965, 29 navios de 12 (doze) bandeiras estrangeiras estiveram no porto de Santana, totalizando 44 viagens internacionais. 

De todos esses navios, o que mais frequentou o Amapá foi o “Lerici Seconda”, de bandeira italiana, com seis viagens feitas, e seu porto de destino para onde foram feitos esses carregamentos em maior número foi o de Baltimore (EUA), com 13 carregamentos. 

Esses números e dados mostravam que o Brasil, através das exportações feitas pela ICOMI no Amapá, veio mantendo e ampliando a sua categoria de fornecedor realmente internacional de manganês, e tinha, por de trás deles, a afirmação de uma política de comércio segundo a qual a diversificação do mercado se mostrava como o caminho mais seguro para o progresso do país. Tanto que fechou o saldo anual com quase 800 mil toneladas de manganês exportado para o exterior. 

Navio estrangeiro recebendo manganês do Amapá
Os navios estrangeiros que mais estiveram no cais industrial da ICOMI durante o ano de 1965, estocando do minério de manganês foram: 

- 05 (cinco) de bandeira holandesa (Meerdrecht, Ossendrecht, Stad, Maastriche, Stad Delf e Schouwen); 

- 04 (quatro) de bandeira italiana (Lerici Seconda, Fides, Giacinto Mota e Giovanni Agnelli);

- 04 (quatro) de bandeira sueca (Medea, Carmen, Kratos e Grimland); 

- 04 (quatro) de bandeira norueguesa (Cerro Bolivar, Westbulk, Senorita e Arica); 

- três (03) de bandeira inglesa (Oredian, Victore e Cheviot); 

- dois (02) de bandeira liberiana (Maripindo e Marina Grande); 

- dois (02) de bandeira argentina (Antártico e Amadeo); 

- um de bandeira alemã (Arenberg); 

- um de bandeira francesa (Philippe LD); 

- um de bandeira grega (Constantinos); 

- um de bandeira americana (Transindia).

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