“O Evangelho só está aumentando”, diz criador do Dia do Evangélico no AP

Aroldo Vasconcelos, criador do Dia do Evangélico
Quando dizem que “A fé move montanhas e determina”, deixa claro que, nas últimas décadas, a ascensão da população evangélica no Brasil e no mundo foi ganhando notoriedade. 

Tanto que hoje existem datas comemorativas ao povo evangélico: Dia do Pastor Evangélico, Dia das Missões, e o Dia do Evangélico. Uma forma de homenagear esse importante segmento religioso. 

Celebrado há 14 anos, o Dia do Evangélico no Amapá surgiu por iniciativa de um vereador da cidade de Santana, segundo maior município do Estado que, em abril de 2003, quando observaram a importância pública que eles possuem para as várias classes da sociedade. 

FOoi aí que o então vereador santanense Aroldo Vasconcellos (PSB) ingressou no meio do legislativo local como um ferrenho defensor dos interesses sociais e religiosos da cidade de Santana. 

Ao lado de outras autoridades evangélicas
“Entendemos que há um importante papel do segmento Evangélico junto à comunidade, o que acabou me preocupando em reconhecer esse trabalho desenvolvido a longas décadas em prol da sociedade santanense. Sempre estiveram até presentes em momentos decisivos da nossa história”, diz Aroldo, com exclusividade ao blog. 

Luta 
Hoje com 46 anos, casado, pai de dois filhos, Aroldo conta hoje que a implantação dessa data foi uma luta que se reteve dentro de um município considerado bastante seguidor do catolicismo. 

“O próprio nome da cidade já carrega uma conotação religiosa (Santana) e uma boa parte do povo estava dentro da Igreja Católica, claro que isso nunca foi um problema que viéssemos a enfrentar, mas nem tudo era fácil para os evangélicos”, lembra o ex-vereador.

Um desses momentos polêmicos da história de Santana – segundo relata Aroldo – envolveu a construção da estátua da padroeira da cidade, em 1999. 

Aroldo homenageado pelo Dia do Evangélico
“Na época, o prefeito Tadeu Medeiros autorizou a construção da estatua na entrada da cidade, em reconhecimento e gratidão aos católicos da cidade, e isso deixou o povo evangélico bastante indignado com a situação, o que acabou levando o prefeito a também construir um monumento para homenagear os evangélicos”, conta. 

O referido monumento que seria construído para homenagear os evangélicos da cidade portuária seria denominada de “Praça da Bíblia”, localizada no cruzamento da Avenida Santana com a Rua Cláudio Lúcio Monteiro. 

Segundo Aroldo, foi um passo importante para o reconhecimento dos trabalhos empenhados pelo povo evangélico no município. 

“A participação dos evangélicos dentro da sociedade é mais do que prudente e positiva. Ela resgata a cidadania e a moral de vidas que muitas vezes parecem está sem solução para a sociedade, tudo através de uma recuperação espiritual. O que nos mostra que o Evangelho só está aumentando”, reconhece. 

O Projeto de Lei do então vereador foi sancionado em 18 de setembro de 2003, pelo então prefeito de Santana Rosemiro Rocha, em evento público, criando assim o Dia Municipal do Evangélico, anualmente comemorado no dia 30 de Novembro. 

Aroldo e sua esposa
Vale ressaltar que a sanção dessa Lei aconteceu durante a realização de uma programação evangélica, que contou com a presença de diversas autoridades políticas e civis, que testemunharam a 1ª Lei Municipal sancionado em caráter público na história da cidade. 

Reconhecimento Nacional 
O Dia Nacional do Evangélico, sancionado pelo presidente Lula em 2010, não institui um feriado nem ponto facultativo no Brasil, mas no estado do Amapá, região Norte do país, a data faz parte do calendário oficial desde 2012, através de um Projeto de LEI (n.º 0005/2012-AL), de autoria da deputada Mira Rocha, e sancionada pelo governador Waldez Góes. 

Embora o Brasil ainda seja a maior nação católica do mundo em termos absolutos (123 milhões – 64,6% da população). Hoje, 42,3 milhões de pessoas – 22,2% da população brasileira, segundo o Censo 2010, do IBGE – são evangélicas. 

Em Macapá, capital do estado do Amapá, 28% da população se declarou evangélica no último Censo de 2013, algo em torno de 187 mil. Superando a média brasileira, que é de 22,16%.

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