Fórum de Santana realizará mais uma edição da Oficina de Parentalidade

O Fórum de Santana será palco, na sexta-feira, 29 de setembro, da 6ª Oficina de Parentalidade, que será realizada no horário de 7h30 às 12 horas. 

Resultado de convênio firmado entre o Tribunal de Justiça do Amapá, o Ministério Público do Amapá, o Governo do Estado e a Prefeitura de Santana, o programa pretende seguir o cronograma e executar oito oficinas parentais, também conhecidas como Oficina de Pais e Filhos. 

Coordenado pelas titulares do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, juíza Michele Farias, e do juizado da Infância e Juventude, juíza Larissa Noronha, da Comarca de Santana; além da promotora de Justiça Sílvia Canela, do MP-AP em Santana, o programa consiste na detecção de ex-casais com filhos, que chegam ao conhecimento das instituições parceiras para participação de oficinas com o objetivo de evitar a alienação parental e promover uma comunicação não violenta no núcleo familiar. 

Segundo a assistente social Janice Divino “é frequente que os pais fiquem muito envolvidos em seu próprio conflito e processo de separação ou divórcio, deixando de perceber o quanto os filhos são afetados e, por vezes, se afastando no intuito de evitar mais conflitos”.

Outro fenômeno é a deturpação, intencional ou não, do papel dos filhos neste momento delicado. 

“Às vezes os filhos acabam servindo como mensageiros ou investigadores do ex-casal, alimentando ainda mais o conflito entre os pais”, complementou. 

A psicóloga Eliany Rodrigues, que também compõe a equipe, observou que o atendimento às famílias é segmentado. 

“São quatro salas utilizadas durante a oficina, trabalhando conteúdos e linguagens voltadas para cada membro, seja pai, mãe, filhos adolescentes e crianças”, complementou. 

“Todos ganham ali uma oportunidade de expressar seus sentimentos e compreender seu real papel na dinâmica familiar, além do papel dos outros membros da família”, acrescentou. 

Ao final da Oficina de Parentalidade todos os familiares são convidados a participar de um lanche coletivo, um primeiro encontro monitorado de todos os personagens envolvidos. 

“Desta forma podemos observar como trabalham os conceitos aprendidos na oficina e se já conseguem demonstrar um esforço no sentido de preservar as relações familiares, apesar da separação ou divórcio”, complementou a assistente social Janice Divino. 

De acordo com a juíza Michele Farias, após a Oficina, o trâmite do procedimento que detectou cada família segue normalmente e a avaliação tem sido positiva. 

“A avaliação dos participantes e das instituições que os atendem tem demonstrado que a iniciativa é de grande valor e pode contribuir muito para a redução dos conflitos”, acrescentou. 

Para a Oficina de Parentalidade de 29 de setembro está prevista a participação de 35 a 40 familiares, convidados a partir de procedimentos detectados pelas entidades parceiras, por meio dos Centros de Referência e Assistência Social, Centros de Referência e Atendimento à Mulher e Centro de Atendimento à Mulher e à Família. 

Interessados em participar das próximas edições da Oficina de Parentalidade podem procurar as equipes de apoio psicossocial dos Juizados da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e da Infância e Juventude, além das Varas Cíveis e Criminais da Comarca de Santana.

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