Zamin tem bens indisponíveis e inicia demissões

A Justiça bloqueou os bens da mineradora Zamin até o montante de R$ 50 milhões como meio de ressarcimento pela poluição de igarapés nos municípios de Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Os recursos vão servir também para ajudar famílias ribeirinhas que foram prejudicadas pela poluição. A decisão foi da Comarca de Serra do Navio acatando um pedido do Ministério Público. A crise na mineradora também resultou na demissão de dezenas de funcionários que já assinaram aviso prévio. 

De acordo com a ação do MP, o dinheiro deve ser usado na recuperação dos igarapés que foram atingidos pelas modificações ambientais proporcionadas pela mineradora, pagamento de indenizações aos ribeirinhos, custeio de auditoria ambiental e adoção de medidas de controle ambiental. 

A empresa está com as atividades paralisadas desde março de 2013, quando o seu porto em Santana desabou inviabilizando o escoamento do minério. Durante meses o material era trazido de Serra do Navio, mas não podia ser enviado para fora do estado enquanto o porto não fosse reconstruído. Algumas mineradoras estão conseguindo escoar por meio de caminhões diretamente até os navios. 

“Depois do acidente no porto, a empresa anunciou que daria férias coletivas aos trabalhadores por 90 dias e negociaria com seus empreiteiros um confortável adimplemento do passivo. Também anunciou colaborar com as autoridades locais para amenizar os impactos econômicos e sociais na região. Nada disso aconteceu”, informou o promotor de Justiça Jander Vilhena Nascimento. 

A assessoria Comunicação da Zamin informou que toda a administração está de recesso e que por isso só se pronunciará quando seus diretores retornarem a atividade.

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