Governo Estadual bloqueia vias por tempo indeterminado

Incompetência e intolerância. São pelo menos essas duas palavras (entre outras mais vulgares e negativas) que os moradores que residem no bairro Fonte Nova, em Santana, definem a situação que o Governo do Amapá está deixando algumas ruas e avenidas deste bairro com um serviço de ampliação do sistema público de água que parece não ter prazo de término. 

Segundo os moradores, o problema começou antes do mês de setembro passado, quando uma empresa contratada pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) veio efetuando a abertura de uma extensa vala no cruzamento da Avenida Castelo Branco com a Rua Everaldo Vasconcellos com intuito de interligarem o sistema de distribuição de água do bairro Paraíso para atender outros bairros mais distantes, como Fonte Nova e Parque das Laranjeiras. Porém, a referida empreiteira alegou publicamente (na época) que iriam entregar os trabalhos de ampliação no prazo máximo de 20 a 30 dias, o que não acabou sendo cumprido. 

“Eles disseram que iriam terminar os serviços antes das eleições do segundo turno (ocorrido no último dia 26 de outubro) para mostrarem que isso não tinha nada haver com a política, mas só foram se passando vários dias e já tem semanas que esse trabalho só vem piorando aqui nas ruas”, reclamou o carpinteiro Nazário de Souza Filho que reside no bairro Jardim de Deus e utiliza diariamente o trecho para seguir para seus serviços, onde acaba encontrando obstáculos pelo fato da via pública ainda se encontrar em serviços inacabados de terraplanagem. 

Novo trecho interditado
Como se não bastasse terem deixado incompleto os serviços do cruzamento citado acima, a mesma empresa contratada pela Caesa interditou no início dessa semana (24/11) um novo cruzamento, situado na Avenida Princesa Izabel com a Rua Everaldo Vasconcellos, causando agora um transtorno bem maior, pois, no trecho está localizado um dos pontos de ônibus mais utilizados por estudantes e pessoas que seguem diariamente para seus locais de trabalhos – principalmente para Macapá. 

Com o novo trecho em obras, os usuários de transporte público ficaram sem saberem ao certo o local para esperarem pelos coletivos, já que a maioria desses ônibus passaram a desviar do itinerário normal em virtude da via está interditada, o que vem gerando inúmeras reclamações por parte dos usuários. 

“Uma hora os ônibus cortam por uma rua bem próxima do local, depois eles decidem cortar por uma via mais distante, e isso acaba nos deixando como cegos em tiroteio, não sabemos nem para que lado devemos esperar por eles. Assim fica muito complicado.”, reclamou o acadêmico Elias Rodrigues, que aguardou por mais de uma hora a passagem exata do ônibus intermunicipal com destino à capital amapaense, onde testemunhou por várias vezes o desvio que os coletivos estavam efetuando na rota normal para evitar passarem próximo do local das obras. “Quando eles (motoristas) fazem isso, não estão apenas prejudicando centenas de pessoas, mas também prejudicando eles mesmo por que não esperam sequer as pessoas correrem pra chegarem até o local onde eles vão passar”, completou. 

A empresa Rio Pedreira Construções (responsável por tais serviços) foi procurada para repassar maiores informações sobre a situação das vias interditadas, porém, um funcionário chamado Sérgio informou que as referidas ruas interditadas ainda não tem prazo para serem liberadas para o trafego de veículos e coletivos.

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