Estrada de Ferro é interditada por agentes que cobram salários atrasados

Agentes de fiscalização comunitária que prestam serviços de segurança na estrada de ferro para empresa Zamin Amapá interditaram o trilho do trem - no distrito do Coração, no município de Santana - devido ao atraso de dois meses de pagamento. Pneus foram queimados e o trilho foi interditado de 9h às 12h de quarta-feira (08/06). 

São 43 agentes de fiscalização da empresa Amajadeus que prestam serviço para a mineradora Zamin Amapá, que sucedeu a antiga Anglo Ferrous. Os agentes fiscalizadores exigem que seus serviços sejam respeitados e reivindicam o pagamento salarial em dia. Segundo eles, estes serviços de fiscalização dos trilhos são prestados desde 2011, para antiga mineradora Anglo Ferrous e agora para então empresa Zamin Amapá. 

“Nosso serviço é muito importante. Fiscalizamos os trilhos para que não ocorram acidentes do trem colidir em algum automóvel ou pessoa. Trabalhamos desde 2011 e nunca mais nenhum acidente aconteceu. Trabalhamos direito e queremos receber direito também. Temos família e contas para pagar”, disse um dos agentes, adicionando que “cada agente fiscaliza um perímetro de dois quilômetros de trilho, abrangendo de Santana até Pedra Banca do Amapari”. 

Segundo os agentes, os problemas de atraso de pagamento começaram em dezembro de 2013, e agora eles só recebem com dois meses de salário atrasado. “Esta já é nossa segunda manifestação. A primeira ocorreu mês retrasado na porta da Zamin Amapá. Conseguimos receber e agora atrasaram novamente e não nos dão nenhuma justificativa!”, disse outro agente que não quis ser identificado na matéria. 

De acordo com Jair, coordenador dos agentes de fiscalização comunitária, a empresa Zamin ficou de repassar o salário atrasado nesta sexta-feira (20). Entretanto, Jair alerta que se o salário não estiver na conta dos agentes fiscalizadores, outra manifestação será feita nos trilhos do trem. “Liberamos o trilho por acreditarmos na palavra da empresa. Disseram que o pagamento será feito na sexta-feira (20) e vamos aguardar. Porém, se até sexta não recebermos, faremos outra manifestação até recebermos uma resposta definitiva”, avisou. 

A imprensa entrou em contato com a mineradora Zamin Amapá, que respondeu através de sua assessoria de comunicação que emitiria uma nota de esclarecimento para imprensa, mas nada foi emitido até então.

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