De olho na movimentação de carga no Amapá, empresa quer construir estaleiro em Santana

As perspectivas de desenvolvimento do Porto de Santana, como nova rota de escoamento de grãos do Centro-Oeste brasileiro para o mercado internacional, chamou a atenção da empresa Navegação Prates, sediada em Manaus (AM). De olho na movimentação de carga na costa amapaense, a empresa está interessada em construir um estaleiro no município de Santana, onde fica localizado o porto amapaense, e também dar suporte logístico nas operações que envolvem a exploração de petróleo na região. 

O assunto foi tratado nesta quarta-feira, 18, na Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), onde o empresário Juarez Prates foi recebido pelo gestor da pasta, José Reinaldo Picanço, juntamente com técnicos da secretaria. 

O empresário revelou ter ficado impressionado com o que o que foi apresentado durante os dois dias do seminário "Amapá Logística e Offshore", realizado no mês de maio em Macapá, pelo Governo do Estado. "Consegui visualizar o cenário de desenvolvimento da região e a possibilidade de prestar um serviço diferenciado às empresas que já estão se instalando no Amapá", relatou. 

Prates referiu-se ao estaleiro que pretende construir em Santana, com fundo próprio, que servirá para comércio, construção e manutenção das barcaças e navios, que serão utilizados no transporte de carga e grãos para o exterior. "Além de ter um ponto fixo para este serviço no Amapá, a proposta é disponibilizar uma equipe volante para manutenção a bordo, o que não é feito em lugar nenhum do Brasil", explicou. 

O local também deve funcionar como oficina mecânica para limpeza de barcaças, com soja e demais produtos, durante o transbordo de carga. O empresário também se dispôs a qualificar mão-de-obra local para trabalhar no estaleiro, gerando mais de 300 empregos na região. 

No momento, a empresa Navegação Prates está em busca de uma área para se estabelecer na costa amapaense. O secretário José Reinaldo Picanço reiterou a disposição do governador Camilo Capiberibe em contribuir no que for preciso para fixar o empreendimento no Estado.

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