Sem investimentos, metade dos santanenses sofria sem água

Devido a falta de investimentos em saneamento básico no Amapá, principalmente entre 2003 a 2010, a população enfrentou a falta de água tratada mesmo morando as margens do rio Amazonas, como é o caso de Santana e Macapá. 

Em Santana, por exemplo, a população da sede do segundo maior município amapaense passou a depender de poços artesianos (17,12%), poços amazonas (24,7%), compra água (0,1%) ou de vizinhos (0,5%). 

Outra parte significativa da população está ligada clandestinamente a rede de abastecimento de água da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), em áreas atendidas irregularmente pela empresa. De acordo com dados da companhia pouco mais de 45% da população é atendida regularmente. 

O atual sistema de abastecimento de água foi construído em 1976, durante o governo militar, pelo então governador Arthur de Azevedo Henning, e só voltou a ser ampliado com sistemas isolados na década de 90, pelo ex-governador João Alberto Capiberibe. 

Em razão do crescimento populacional e da falta de políticas para o setor, em diversos bairros onde há rede de tubulação a água simplesmente deixou de chegar até as torneiras. Em outros a água chega durante os horários de menor consumo ou somente durante a madrugada. 

Para mudar essa realidade o governo do Estado investiu mais de R$ 12 milhões na construção de um novo sistema de captação, tratamento e armazenamento de água. A obra será entregue na sexta-feira dia 21/03, porém testes preliminares já revelaram a mudança que vai ocorrer na prestação do serviço. Bairros onde a água deixou de chegar às torneiras a mais de oitos anos, voltarão a ter o abastecimento normalizado. 

De imediato mais de 80% da população poderá ser atendida pelo sistema de água, porém o governo continuará investindo na construção de sistemas auxiliares ao sistema central e na ampliação da rede para bairros onde não existe tubulação como, por exemplo, o bairro Fé em Deus. 

O governo, através da Caesa, inicia também a troca da tubulação do Bairro Ambrósio que encontra-se completamente comprometida com vazamentos. A atual rede provocará desperdício de água, prejudicando também o abastecimento regular dos moradores. 

As obras de construção do novo sistema vinham sendo acompanhadas de perto pelo governador Camilo Capiberibe e pelo presidente da Caesa, Ruy Smith, dada a prioridade de solucionar a falta de água em Santana. Além de Santana o Estado constrói novos sistemas de água em 14 dos 16 municípios, com exceção de Oiapoque e Laranjal do Jari, onde as obras encontram-se sob a responsabilidade das prefeituras.

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