Líderes comunitários de Santana visitam a nova Estação de Tratamento de Água

A realidade vivida hoje pelos moradores de Santana em relação ao abastecimento de água tratada começa a mudar. A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) faz testes técnicos frequentes para verificar a capacidade de fornecimento da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) do município, marcada para ser inaugurada em 21 de março. 

Na manhã desta quinta-feira, 12/03, líderes comunitários e agentes de saúde de Santana participaram de uma visita monitorada à nova rede de captação da Caesa, que fica na Vila Amazonas. De lá, seguiram para a ETA, localizada na Rua Ubaldo Figueira, a fim de conhecer o processo de tratamento da água. 

O senador João Alberto Capiberibe também esteve presente no local. Ele falou aos líderes comunitários sobre os investimentos injetados no município pelo Governo do Amapá, para ampliar o fornecimento de água no segundo maior município do Estado, e criticou a falta de manutenção no sistema de captação de água bruta, que, por mais de dez anos, não recebia a atenção devida. 

"Deixar o sistema sem manutenção é, em minha opinião, uma maldade. Isso envolve questões de saúde, porque muitas doenças são transmitidas pela água sem tratamento adequado para o consumo. E é ainda uma das razões pela qual a água não chega às suas residências", ressaltou. 

O senador também esclareceu sobre a importância do uso consciente da água e pediu engajamento aos líderes para fiscalizar eventuais desvios clandestinos e vazamentos existentes em suas comunidades, problemas que resultam na diminuição da força da água, impedindo que o líquido chegue às casas de maneira regular. 

"A Estação de Santana é um dos maiores investimentos realizados pela gestão do governador Camilo, que cumpre uma promessa de campanha, atendendo a um dos anseios da população de Santana, apresentado durante o PPA Participativo", pontuou Capiberibe. 

O Governo do Amapá investiu mais de R$ 12 milhões nessa obra, porém, de acordo com a Caesa, o total dos investimentos deverá ultrapassar R$ 20 milhões no final do projeto, incluindo recursos do PAC, BNDES e do próprio Estado. 

De acordo com a direção da Caesa, os testes antes da inauguração são necessários para garantir o pleno funcionamento do novo sistema e permitir os reparos necessários. O diretor-presidente da estatal, Ruy Smith, garantiu que o novo sistema vai triplicar a capacidade de produção de água tratada pela empresa, elevando o abastecimento de água dos atuais 40% para 85% da população santanense. 

A ampliação no fornecimento de água tratada, após a conclusão das obras - e com a ajuda da população em denunciar ligações clandestinas -, deverá atender ao anseio da agente de saúde Marise de Carvalho, moradora do Mutirão, em Santana, que espera regularizar o fornecimento no seu bairro. 

Segundo ela, água em sua casa somente no período da noite. "É uma situação complicada, e sei que isso acontece por causa de muitos desvios clandestinos. Mas agora eu vou combater isso denunciando os clandestinos. Não é justo nós pagarmos um serviço e não podermos usar, enquanto que quem não paga tem água na torneira o dia todo", disparou. 

No segundo semestre deste ano, o fornecimento deve saltar dos 825m³ para 1.600m³ por hora. Além de ampliar o sistema central com uma nova adutora de captação de água bruta, novas estações de tratamento e a ampliação da rede de distribuição, o governo constrói sistemas isolados nos bairros Provedor II e Ambrósio, comunidades que, agora, passam a receber o produto em suas casas regularmente.

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