Sem aviso, tarifa no transporte urbano aumenta em Santana

Desde ontem (10/12), que os moradores da cidade de Santana estão pagando mais caro pela tarifa na passagem do transporte urbano. Com um reajuste de 20% no valor, a passagem que custava R$ 1,25 saltou para R$ 1,50, o que não agradou nem um pouco aos usuários que utilizam diariamente o serviço. 

Segundo a direção da empresa de ônibus Sião Thur – a única que explora o serviço na área urbana do município –, o motivo para reajuste foi devido ao recente aumento na comercialização do combustível, sendo este o principal produto que vem sendo utilizado para o reabastecimento dos veículos que circulam na cidade. “Esperávamos segurar esse reajuste somente para o ano que vem, mas o rápido aumento no combustível praticamente nos obrigou a ampliar essa tarifa”, assim um funcionário (que não quis se identificar) no portão da empresa, tentou explicar sobre a situação. 

Sem Comunicado Prévio
O referido reajuste pegou de surpresa todos os usuários que necessitam do serviço diário, onde alegam não terem sido sequer comunicado antecipadamente. “Isso é uma covardia não falarem nada pra população. Não vi nada na televisão sobre esse aumento. Só quando subi no ônibus que ainda vi um aviso que deve ter sido colocado no mesmo dia que deram esse aumento. Acham que podem tomar qualquer decisão em cima da hora e nós é que pagamos o pato”, reclamou a doméstica Raimunda Fernandes, que usa o serviço dos coletivos todos os dias para se deslocar do bairro Fonte Nova para a Área Portuária, onde trabalha. 

A mesma opinião foi dita pela estudante Karolina de Souza, da Escola Augusto Antunes. “Fica complicado da gente usar os ônibus quando somos pegos de surpresa com aumento desses, ainda mais depois do início do mês quando o pagamento já saiu e não nos programamos”, questionou a estudante do ensino médio, que ainda precisa usar dos serviços quando marca encontro com os colegas para realizar trabalhos escolares. “Agora vou ter que dá uma segurada nos trabalhos durante o horário final das aulas pra não ter que dá duas ou três voltas seguidas, por que dinheiro tá ficando mais escasso de se gastar agora”, contou. 

Precariedades
Em sua maioria, os mais de 80 mil habitantes que residem na área urbana de Santana são unânimes quando o assunto é a precariedade física e técnica existente no serviço de transporte público da cidade. As reclamações vão desde os horários de atraso dos coletivos, como também a quantidade insuficiente de veículos para atender uma demanda bastante elevada de usuários. 

Outra reclamação trata das péssimas condições de alguns coletivos que circulam no perímetro urbano de Santana, onde veículos apresentam bancos rasgados e deteriorados, sendo alguns exalando forte odor material. “Certa manhã entrei num ônibus da linha do (distrito) Fortaleza e me deparei com dois bancos na parte de trás todo cheio de vômito. Falei do que vi pra cobradora e ela disse que não podia fazer nada, só depois que o ônibus fosse recolhido no final da tarde”, denunciou o servente João César de Oliveira sobre as condições que presencia quase que diariamente durante suas viagens nos coletivos. 

Com apenas uma empresa explorando o ramo em Santana (ou seja, um serviço monopolizado) há quase seis anos, existem cinco (05) ônibus trafegando na cidade que são: linha Paraíso (01 ônibus), Linha Laranjeiras (01 ônibus), Linha Fortaleza (02 ônibus) e Linha Circular (01 ônibus).

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