Polícia investiga explosão em barco que deixou 2 mortos

A explosão de várias embarcações no Rio Matapi-Mirim, no município de Santana, no mês passado, está sendo investigada pela equipe do delegado José Neto, da 1ª Delegacia daquela cidade. 

De acordo com a polícia, o dono do porto onde os barcos estavam ancorados para fazer a venda de combustível foi identificado e prestou depoimento, alegando que o local estava alugado para um homem conhecido como Paulo Enedino. Um dos barcos destruído pelas chamas era alugado para o Tribunal de Justiça do Amapá e atendia ao projeto "Justiça Itinerante". 

"O Paulo tem mandado de prisão decretado pela Comarca do município de Santana acusado de outros crimes, por isso está foragido. Agora ele será indiciado por venda ilegal de combustível, e como dois homens que estavam em um dos barcos sofreram queimaduras e morreram, poderá responder por homicídio culposo", declarou José Neto. As vítimas foram Fabiano Santos Machado e Ivaldo Paulo da Silva. Outras pessoas que ficaram feridas já foram liberadas do hospital e voltaram para suas casas, no Estado do Pará. 

A polícia está investigando a origem do produto para saber se o combustível era furtado de balsas ou carros-tanques, ou se mais pessoas estão envolvidas na transação comercial de óleo diesel e gasolina, que era vendida para donos de embarcações que faziam viagens do interior do Estado do Pará para o município de Santana. 

Militares do Batalhão de Polícia Ambiental, que atenderam a ocorrência junto com os bombeiros, acreditam que mais de dez mil litros de produto inflamável foi queimado no dia do episódio, assim como 68 barris. 

A polícia ainda apreendeu uma lancha de pequeno porte, bombas injetoras, 21 tanques de plástico com capacidade para mil litros cada e gerador de energia.

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