Agência Nacional reprova 11 terminais marítimos do Amapá

Onze terminais marítimos de embarque e desembarque de passageiros e cargas de Macapá, Laranjal do Jari e Santana foram classificados com baixo índice de padrão de atendimento. Os dados fazem parte de um estudo realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). 

A pesquisa realizada em 2012 foi apresentada em audiência pública, em Macapá, nesta quinta-feira (31/10). A pesquisa que classifica os terminais com nível baixo, médio e elevado leva em consideração os serviços oferecidos nos referidos portos, como policiamento, pontos de vendas de passagens, lixeiras, entre outros aspectos. O estudo também considerou as condições das embarcações. 

“Levantamos informações das características das embarcações que prestam transporte e os portos que elas utilizam. Com base nesses números, mostramos a necessidade de investimentos nos terminais do Amapá”, comentou o chefe-substituto da Antaq Pará- Amapá Roni Melo. 

O Porto do Grego, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, foi o terminal melhor avaliado pela agência, com 43% no nível de atendimento, mas ele ainda ficou com baixo índice. 

O presidente do Sindicato dos Estivadores Portuários do Amapá (Stemeap) Jarbas Pereira apresentou as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores nos portos do estado. 

“Sempre enfrentamos desafios nos terminais do estado, principalmente nas estruturas que possuímos no momento do embarque e desembarque de passageiros e cargas, como o espaço, por exemplo, que em alguns não suportam mais a demanda”, relatou Pereira. 

Segundo a Antaq, em 2012, houve o fluxo de 350 mil passageiros em terminais de Santana. Em Macapá, foram 135 mil passageiros. 

“Em relação a cargas, em Santana, houve movimentação de 365 mil toneladas, e Macapá teve 125 mil toneladas de cargas. Com esse número, percebemos a necessidade de investimentos nos terminais do Amapá por causa da demanda apresentada pelo estudo”, disse Melo. 

O representante da Antaq informou que existe dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal investimentos para reestruturação dos terminais marítimos na Amazônia, mas sem citar datas para início e se o Amapá está incluído no pacote.

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