Região do porto de Santana está livre da contaminação por arsênio

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Amapá afirmou que a região do porto de Santana não está mais contaminada por arsênio. Os teores atuais do minério não representam ameaças à saúde pública. O controle da situação é feito periodicamente mediante postos.

A vila do Elesbão, situada às margens do canal norte da foz do rio Amazonas e próxima ao porto de Santana, foi uma das áreas atingidas pelo arsênio. A contaminação iniciou com a pelotização do arsênio – aquecimento do manganês a altas temperaturas para eliminar o minério de baixo teor. Nesse processo o arsênio é jogado à atmosfera, resfria e cai. A chuva arrastava a substância para o lençol freático estabelecendo-a numa bacia de decantação que atinge diretamente a nascente do igarapé Elesbão.

O DNPM afirma que a contaminação dessa área foi extinta porque o minério foi embarcado para a China e os teores de arsênio no lençol freático praticamente voltaram aos níveis originais. “Portanto, dificilmente alguém em Santana, seja no Elesbão ou no Delta, poderá ser contaminado por arsênio. As informações de contaminação mostram que seria necessário uma pessoa se alimentar por aproximadamente 10 anos de uma fonte de proteína biológica ou vegetal para que o arsênio possa se incorporar”, lembrou Antônio Feijão.

A Icomi retirou não só o minério da bacia, como parte do fundo da mesma. Para garantir a normalidade da situação, foram instalados postos de controle (até hoje existentes) para examinar periodicamente o teor de arsênio no manancial. “Hoje não tem nenhum teor fora dos padrões de segurança da saúde humana. O controle foi feito pelo Instituto Evandro Chagas”, lembrou Feijão.

O Amapá chegou-se a tornar estratégico devido amostra de uma das maiores reservas de manganês do planeta escondida no meio da floresta Amazônica. O mineral, que tem função desoxidante na siderurgia, entra na composição de várias ligas de aço, além de ter diversas outras finalidades – com usos que vão da fabricação de fertilizantes ao clareamento de vidros, da construção de pilhas secas à produção de tintas e vernizes.

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