BANDA DE SANTANA JÁ CONQUISTOU IRREVÊNCIA NO CARNAVAL SANTANENSE

Fantasiados, com roupas coloridas, vestidos de mulher ou de cara de limpa, no meio do povo ou apenas para assistir. Quem nunca participou de um carnaval de rua? Em Santana, os blocos de rua vêm ganhando força, e cada vez mais adeptos, porque não falar da Banda de Santana, inspirada no tradicional Bloco dos Sujos, a banda foi motivada pela falta de um carnaval que resgatasse a manifestação popular. Na sua 3ª edição, o desfile pelas ruas santanenses já arrasta mais de 1500 brincantes. 

O interesse pela Banda, iniciou com um projeto organizado pela professora santanense Magna Luz, na época ela coletava informações para produção de um trabalho de conclusão de curso sobre a tradicional Banda de Macapá. A pesquisa rendeu frutos, em conversas com os fundadores e organizadores do “Bloco de Sujos” da capital, veio a proposta, por que não fazer um carnaval de rua nos mesmos moldes do que acontece em Macapá? 

Em 2010, surgia então a Banda de Santana, que iniciou apenas com um grupo de amigos, a maioria da mesma família, através da Associação dos Brincantes e Simpatizantes do Bloco de Sujos a Banda de Santana (ABSBAS). A fundadora da Banda, professora Magna Luz relembra a dificuldade com que saiu as ruas no primeiro ano e emoção com que conseguiu arrastar os primeiros brincantes. “A ideia era criar um grupo que levasse alegria pelas ruas de Santana, queríamos proporcionar maior integração entre os munícipes através da manifestação popular” disse a fundadora da Banda, Magna Luz.

Já com as características da Banda de Macapá, o bloco de sujos de Santana também tem a sua homenageada, dona “Tarcisia” como era conhecida no bairro central, já não está mais entre nós, mas ganhou forma eterna, e se tornou personagem principal do desfile que ocorre sempre nas terças-feiras de carnaval. São mais de três metros de estrutura, a base de ferro, cetim e isopor, a boneca é montada somente no dia com a ajuda dos familiares de dona Tarcisia, quem participa conta que o momento é único e emocionante. 

“A alegoria da Banda de Santana é a Boneca Tarsicia, que simboliza a história de vida alegre e participativa de uma moradora da rua Ubaldo Figueira, que faleceu há alguns anos, foi a sua simpatia e vivacidade que influenciou para que ela, assim como a história de vida da Chicona da Banda de Macapá fosse a nossa homenageada” informou Magna Luz.

Mas quem pensa que a Banda de Santana é somente proporcionar momentos de alegria, se engana, a preocupação com o social também é relevante. Um dos objetivos do projeto também é propiciar o intercâmbio sociocultural entre os diversos bairros de Santana e conscientizar a sociedade santanense sobre a preservação das doenças sexualmente transmissíveis. Por outro pretende-se incentivar as comunidades a participarem do evento destacando suas peculiaridades. 

Outra característica da banda é o preparo de um caldo a base de muita verdura, além da tradicional batida, feita especialmente para ser distribuída entre os brincantes durante todo o percurso. Este ano a banda de Santana percorrerá a rua Ubaldo Figueira, avenida Santana, rua Adálvaro Cavalcante, avenida Castro Alves, rua Euclides Rodrigues, avenida Brasília, rua Salvador Diniz, e encerrará na casa da homenageada, localizada na avenida Santana. A concentração ocorre a partir das 13h na rua Ubaldo Figueira.


Reportagem de Andreza Sanches (Jornal do Dia)

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