Dia do Arquivista: “Sem documentos, não temos história”

Hoje, dia 20 de Outubro é comemorado o Dia do Arquivista e essa profissão só foi permitida segundo a Lei 6.546/78, após comprovação de que esse trabalho era realizado ininterruptamente num período maior do que cinco anos, fazendo assim, necessário o registro na Delegacia Regional do Trabalho. 

O Profissional da Arquivologia – como também é conhecido – atua na conservação, organização, controle, na gestão documental. Trabalhar nessa área não significa ficar em meio a papéis velhos ou no arquivo morto de uma empresa ou órgão público esquecido por todos, mas no acesso a documentação de teor, muitas vezes, histórico. 

O grande diferencial desse profissional hoje em dia é o acesso à informática, pois já existem programas de catalogação e cadastramento de documentos e os profissionais que se renovam ficam sempre à frente. 

Essa profissão por mais que possa parecer antiga está cada vez mais em ascensão, já que existem muitas empresas que estão em busca desse profissional que pode controlar materiais criados por elas (as empresas) e facilita no desenvolvimento de atividades culturais e educativas com os históricos catalogados por elas. 

Atualmente, o arquivista tem sido terceirizado já que existem empresas especializadas nesse ramo, e são responsáveis por recuperar, catalogar, arquivar e quando necessário descartar documentações. 

No Amapá, não existe um setor ou órgão que esteja diretamente envolvido nessa questão de armazenamento de materiais tão bem arquivados, principalmente para consultas abertas. 

As que existem, em tão pouco encontrado, estão em bibliotecas de instituições como a SEMA, Unifap ou quando não, em acervos particulares, onde o acesso é bem mais restrito, porém, bem mais organizado por quem procura manter um pouco da nossa história. 

Um desses inumerados materiais catalogados pode está em nosso acervo, onde mais de 11 mil fatos – todos relacionados ao município de Santana – servem para consultas e assessoria de trabalhos acadêmicos. 

Segundo Emanoel Jordanio, que coordena todo esse material, composto de documentos historiografados desde os primórdios da colonização da região, incluindo conteúdos fotográficos e relatórios administrativos, existem ainda mais de 700 biografias de pioneiros santanenses (muitos vivos), todos arquivados de modo a manter um pedaço da história de uma cidade que surgiu através de um projeto minerador. 

“A cidade de Santana é hoje o segundo maior município do Amapá e o que não falta são acontecimentos registrados. Muitos tiveram repercussão nacional e até internacional. É essencial ter um material desses também em arquivo público, mas infelizmente ainda não existe essa preocupação de modo coletivo. Então faço minha parte. Se não colocar em documentação, não temos uma história registrada”, disse.

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