Expansão do Porto de Santana eleva potencial de transporte de cargas e tráfego de navios no AP

A área portuária do município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, começou a ser pensada na década de 1980. Na época, a meta era de atender principalmente o fluxo de embarcações entre os estados do Amapá e do Pará, separados pelo Rio Amazonas. 

Porém, com o passar do anos, o fluxo cresceu e em 1982 ocorreram as primeiras instalações e em dezembro de 2002 foi inaugurada a Companhia Docas de Santana (CDSA), empresa pública que gerencia o porto. 

Com um cais de 200 metros de extensão, a CDSA passou a ter papel essencial para infraestrutura do Amapá. Um dos pontos positivos é a profundidade da área portuária, contribuindo para atracar navios de grande porte. 

Apesar disso, estudos apontam que o calado dos navios pode chegar próximo de 12 metros. Com isso, as embarcações podem receber até 5 mil toneladas a mais de carga. Dessa maneira, a área portuária receberia não somente navios handysize, com capacidade pra 40 mil toneladas, passando a receber também navios panamax, com mais de 100 mil toneladas de capacidade. 

Auge e recuperação lenta 
A Companhia Docas de Santana já chegou a embarcar 230 navios em 2012, no auge do setor mineral do Amapá, quando foram transportadas mais de 7,5 milhões de toneladas de produtos. Em 2020, por exemplo, essa quantidade foi bem menor, de 49 navios carregados, com uma movimentação de 1,5 milhão de toneladas. 

Quanto mais se demora para carregar um navio, maior é o tempo de espera na fila, aumentando o custo. E esse é um dos grandes gargalos do setor portuário do Amapá.

Soluções do presente e futuro 
As docas só têm capacidade para receber dois navios por vez. As alternativas podem vir do setor privado, onde duas empresas anunciaram projetos para construção de portos particulares nas áreas de grãos e de combustíveis. A previsão de conclusão é em até 5 anos.

Outra novidade é que as Docas de Santana receberá um terminal de contêineres, que vai funcionar num espaço com capacidade para estocar até 300 equipamentos por mês. A base vai funcionar como um entreposto, onde os contêineres, após o armazenamento, podem ser encaminhados para outros portos da região amazônica. 

Além disso, se destaca a área de armazenamento das docas, utilizada por empresas privadas. A empresa Caramuru Alimentos tem silos pra armazenar até 21 toneladas de farelo de soja, já a empresa Cianport pode guardar até 54 mil toneladas de milho e soja. 

A área das docas ainda tem cerca de 100 mil toneladas de minério de ferro aguardando o embarque para o exterior. Ainda tem a área da Amapá Celulose que atua com o embarque de cavaco, para fabricação de papel e derivados. 

Potencial 
O Porto de Santana, na foz do Rio Amazonas, é considerado estratégico para os investimentos da empresa visando o escoamento da produção de grãos colhidos no Centro-Oeste. 

Um dos ganhos pelo porto é a redução do tempo de viagem para a Europa em relação a outros portos, de pelo menos 3 dias.

Informações postadas no G-1 Amapá

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