Moradores de três bairros de Santana enfrentam a falta de água

O blog recebeu relatos de que pelo menos três bairros de Santana enfrentam a falta de um serviço básico. A população do Fonte Nova, um dos maiores bairros da cidade, sofre com a escassez de água há semanas, onde algumas ruas conseguem ver a água cair nas torneiras, enquanto que outros trechos precisam recorrer com quem utiliza de poço artesiano para ajudar o próximo. 

“Minha rotina mudou totalmente. Eu passei a ir pra casa da minha mãe todos os dias. Lá, eu cozinho e volto pra casa no final da tarde. Tenho dois filhos pequenos e meu marido, e a gente passou a comer em prato descartável, porque não tem como lavar louça”, denunciou a doméstica Ana Rodrigues, que reside em uma área baixa do bairro. 

Já a dona de casa Geana Pereira, de 34 anos, não não tem essa mesma facilidade. Para ter acesso à água, Geana – que mora quase na entrada do bairro Mutirão do Paraíso – caminha um trecho pela rua, sem calçada, diversas vezes por dia até um lava jato, onde enche baldes e leva para a casa. 

“Se não fosse o lava jato, não teríamos água pra nada”, reconhece a dona de casa. 

Água só de madrugada 
No bairro Parque das Laranjeiras, a situação é bem pior. Muitos moradores madrugam para conseguir água na torneira, isso quando conseguem ter a sorte de aproveitar as poucas horas que o produto chega nas torneiras. 

“A água vem 3h da madrugada e 5h ela some novamente. A gente tem que dar nosso jeito, porque ficamos sem nenhum abastecimento. Aqui próximo tem uma vizinha que tem um poço e deixa uma mangueira do lado de fora pra gente pegar água. Fora isso, é água mineral, cada um dá seu jeito”, conta o autônomo Cláudio Silva. 

Cavando poços 
Para enfrentar o problema, alguns moradores resolveram fazer poços, mesmo tendo que gastar um valor alto para que pudesse garantir o produto. 

“Tivemos o transtorno de gastar R$ 2 mil neste poço, recurso que agente não tinha, mas graças a Deus conseguimos construir pra ter água na nossa casa”, disse o motorista Josué Cardoso. 

O blog tentou contato com a assessoria a Companhia de Água e Esgoto do Amapá (caesa), mas não obtivemos êxito.

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