Acusado pelo assassinato de motorista de aplicativo vai seguir preso por decisão da Justiça

O homem de 19 anos que foi preso em flagrante por atirar contra o motorista de aplicativo Algerri Alves da Silva, de 23 anos, que morreu devido aos disparos, vai seguir preso. 
 
Em audiência de custódia na tarde desta terça-feira (19), a juíza Michelle Farias, da Comarca de Santana, decretou a prisão preventiva dele. Aos policiais, o acusado assumiu autoria, mas em depoimento decidiu permanecer calado. 
 
O crime aconteceu na noite de domingo (17). A vítima teve morte cerebral no dia seguinte ao crime, e o óbito foi confirmado nesta terça-feira. 
 
O motorista teria sido acionado e fez uma corrida com o suspeito e uma adolescente de 17 anos (que não foi localizada). Ao chegar no bairro Provedor 1, foi atacado com tiros na cabeça dentro do próprio veículo. 
 
A prisão foi feita pela Polícia Civil na segunda-feira (18), numa área de pontes no bairro Remédios. 
 
Ele deve responder detido pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e ainda com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. 
 
Investigação 
O delegado Felipe Rodrigues, da 1ª Delegacia de Polícia de Santana, detalhou que em depoimento preliminar o homem confessou o crime e o "modus operandi", mas ficou em silêncio após a chegada da advogada. A Polícia Civil acredita que a morte pode ter sido por engano. 
 
“Ele falou para a equipe que a moça [adolescente] marcou uma corrida com a vítima. Quando desceram, o rapaz, infrator, deu dois tiros na vítima por trás, sem nenhum tipo de defesa. Eles empreenderam fuga. A arma não foi encontrada e nada foi levado da vítima”, detalhou. 
 
Algerri não tinha passagens pela polícia, nem ligações com organizações criminosas, o que para o delegado pode colaborar para a hipótese dele ter sido morto por engano. 
 
Felipe Rodrigues completa que o suspeito relatou que um carro semelhante ao da vítima foi usado dias antes numa fuga de membros de uma organização criminosa após um assassinato. 
 
“Possivelmente ela [vítima] pode ter sido morta por engano pelas características do carro. Pode até ter sido o mesmo carro [usado na fuga], mas ele não tinha certeza de quem era que estava dirigindo para esse homicídio”, relatou. 
 
O homem foi preso em flagrante, não tem passagens pela polícia, mas é investigado por outros crimes em Santana. Ele segue detido e aguarda audiência de custódia para saber se terá a prisão preventiva decretada ou responderá em liberdade.
 
Informações postadas no G-1 Amapá

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