Pacientes pedem médico fixo para hemodiálise na clínica de nefrologia em Santana

Pacientes renais crônicos atendidos na unidade de Nefrologia do município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, reclamam da falta de médico fixo nos turnos de sessões para acompanhar o procedimento de hemodiálise. 
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) declarou que abriu processo para contratar o profissional. 
 
Segundo os pacientes, o problema ocorre desde o final de outubro pela parte da manhã às segundas, quartas e sextas. Com a ausência desse profissional, eles vão até a clínica sem a certeza se vão conseguir fazer a sessão de tratamento. 
 
Ainda de acordo com os pacientes, a médica que fazia o acompanhamento no turno da manhã tirou licença maternidade e até agora não foi encaminhado um outro profissional fixo para o acompanhamento. 
 
A secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Leila da Silva, informou que a Sesa foi informada sobre a necessidade desse profissional e que o processo de contratação já foi iniciado. Enquanto isso não acontece, os médicos da unidade de nefrologia de Macapá cobrem o horário em escala de revezamento. 
 
“Tivemos dois dias pontuais sim, onde nós tivemos o profissional que teve problema de saúde. Porém, ninguém ficou sem dialisar porque os médicos daqui foram à clínica atender os pacientes e dar início ao processo de hemodiálise. Nós estamos em tratativa com a equipe técnica de Santana, desde o mês de setembro, quando nós já sabíamos que a médica que cobria neste turno iria sair de licença-maternidade”, informou. 
 
“Nós já estamos também com um médico que mora no estado que não tem vínculo com o nosso Estado, mas é nefrologista. Está entrando em acordo com a equipe para ajustar horários, então acredito que a partir da próxima semana a gente já tenha esse médico para cobrir todos os horários”, acrescentou. 
 
Durante a sessão de hemodiálise, o paciente pode apresentar mal estar, ter queda da pressão arterial, enjoo ou dor de cabeça e ainda outras complicações. Em razão disso, durante o procedimento, ele precisa ser acompanhado por um médico. 
 
O paciente Paulo Sérgio disse que devido a falta de um médico fixo já chegou a perder hora de hemodiálise, porque o procedimento é iniciado somente com a presença de um médico. 
 
“Como ele chega meio atrasado, a gente tem que fazer 3 horas. E aí o nosso corpo não aguenta. Temos que fazer 4 horas de diálise. Foi feito o pedido para a Sesa e nunca foi correspondido. E agora com esse problema a Sesa nunca se pronunciou em deixar um médico fixo com a gente”, relatou. 
 
A unidade de nefrologia de Santana atende 80 pacientes que fazem a hemodiálise em três turnos, três vezes por semana. A aposentada Adriana Lopes é uma das que precisam do tratamento e se descreve como esquecida pelo poder público. 
 
“Eles praticamente esqueceram da nossa nefrologia. Segunda-feira [30] a gente não sabe se a gente vai dialisar, porque a gente não sabe se vai vir médico. Eu sou paciente renal crônica, então eu tenho que ter um médico profissional para poder me acompanhar se estou perdendo peso, pressão, em tudo”, relatou a paciente.
 
Informações postadas no G-1 Amapá

Comentários

  1. He de Santana é uma vergonha, imundície, descasos sem médicos sem técnicos e os que tem em sua maioria tá quase morrendo de preguiça

    ResponderExcluir

Postar um comentário