Todos os extintores usados no incêndio do hospital de Santana estavam fora da validade

Todos os extintores estavam fora da validade
Os 12 extintores usados para conter as chamas no hospital que pegou fogo, no Amapá, na quinta-feira (27) estavam fora da validade, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Segundo a corporação eles não estavam seguros para uso em incêndios. 

“Durante a investigação se verificou que os extintores utilizados para combater o princípio de incêndio no local se encontravam todos fora da validade. O prazo para entrega do laudo pericial é de 45 dias e já foi dado início da confecção”, declarou tenente Alan Cantuária, perito responsável pela investigação das causas do incêndio. 

Darlan ajudou no resgate de pacientes do HES
O blog solicitou posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na tarde desta sexta-feira (28), mas, até última atualização desta reportagem, não obteve resposta acerca do problema. 

Auxiliares de limpeza da unidade de saúde usaram os extintores num primeiro combate ao sinistro, antes da chegada dos bombeiros no Hospital Estadual de Santana (HES), maior unidade de saúde do município que fica a 17 quilômetros de Macapá. A situação aconteceu por volta de 8h30 de quinta. 

A suspeita é que o incêndio foi resultado de um curto circuito que iniciou em um transformador na área externa da unidade; o CBM iniciou a perícia para identificar os danos e o que causou de fato o sinistro. 

Segundo o capitão Raimundo Ferreira, que atuou na ação com a equipe do 5° Grupamento de Bombeiro Militar (5º GBM), a atitude desses profissionais foi fundamental para impedir que fogo atingisse uma proporção maior. 

Os auxiliares contaram com a sorte para que os equipamentos funcionassem no combate ao incêndio. O tenente Cantuária explicou que, mesmo fora da validade, alguns extintores preservaram a capacidade de debelar as chamas, e que isso pode acontecer. 

“Porque sua pressurização e seu agente extintor, por diversas vezes, permanecem intactos. No caso do Hospital de Santana, a carga extintora utilizada foi suficiente para conter o princípio de incêndio que ali aconteceu. Mas esse material deve passar por uma vistoria técnica a cada ano”, frisou o bombeiro. 

O auxiliar de limpeza Darlan Silva, de 31 anos, contou que conseguiu resgatar três pacientes. Após isso, se concentrou em apagar as chamas, ‘mas 3 ou 4 extintores falharam’. 

“Nós acudimos um paciente que estava na sala, preso, não conseguia se locomover. Quando nós vimos que não tinha nenhum paciente na sala vermelha, começamos uma ação de combate ao incêndio. Usamos uns 12 extintores, mas 3 ou 4 chegaram a falhar”, detalhou. 

O Conselho Regional de Medicina (CRM) realizou uma visita no HES na tarde de quinta-feira, a fim de fiscalizar as condições de trabalho dos profissionais da saúde da unidade. Na ocasião, a equipe também suspeitou que os extintores estivessem fora da validade. 

O complexo hospitalar atingido pelo incêndio é composto por maternidade, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), área pediátrica, clínica e pronto-socorro. 

De acordo com o governo, 65 pessoas estavam internadas no local no momento do princípio de incêndio - eles foram todos transferidos para outras unidades. 

Um primeiro laudo pericial deve ser divulgado em até cinco dias, e outro mais detalhado em 30 dias informou o CBM. Ainda não há data para o retorno das atividades no HES, por isso os serviços foram redistribuído para outras unidades; saiba como ficaram os atendimentos.

Informações postadas no G-1 Amapá

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