À favor e contra o povo, deputadas santanenses votam diferente em Brasília (DF)

Marcivânia e Leda votaram diferente
Como votaram as duas deputadas de Santana? No veto que congela salários e contagem de tempo dos servidores? Essa é uma das perguntas que muitos servidores públicos que moram no município estão fazendo. 

Apesar de terem como domicílio eleitoral o município de Santana, as duas deputadas frequentemente adotam posturas diferentes em votações na Câmara Federal. Algumas delas atingem diretamente a economia de Santana e do Amapá e podem prejudicar ou beneficiar milhares de santanenses, servidores e a parte da população em situação de vulnerabilidade social. 

Foi assim na Reforma da Previdência quando Marcivânia votou contra o dispositivo de mudança constitucional que prejudicou o futuro da aposentadoria de milhões de brasileiros, aumentando a idade para servidores, professores se aposentarem. Já Leda Sadala, irmã do prefeito de Santana Ofirney Sadala, votou à favor da Reforma da Previdência, prejudicando categorias que deverão trabalhar por um período maior, caso queiram se aposentar com proventos de acordo com salários de hoje. 

As divergências entre as duas parlamentares permanecem em outras votações. Em duas recentes, que podem prejudicar o povo e interferem diretamente na vida dos amapaenses e respectivamente na economia de Santana, ambas votaram de forma divergente.

Prorrogação do Auxílio Emergencial 
Na emenda que previa a prorrogação do Auxílio Emergencial, Marcivânia votou favorável para que o benefício de R$ 600 fosse estendido até dezembro, sem depender de decisão do Planalto. 

Mas Leda Sadala votou contra a prorrogação do Auxílio Emergencial, seguindo orientação do seu partido Avante que integra o chamado Centrão, que tem usado seu poder de barganha para exigir mais cargos e ministérios no governo Bolsonaro em troca de sustentação de base na Câmara. 

Congelamento de salário dos servidores 
O veto número 17, do presidente Jair Bolsonaro, à proposta de socorro aos estados e municípios, congela até dezembro de 2021 os salários dos servidores públicos. Mais que isso, há quem interprete que impeça a contagem de prazo para quinquênios e tempo para aposentadoria, como o ex-aliado do governo Bolsonaro, senador Major Olímpio, que divulgou vídeo protestando contra o veto e sua manutenção pela Câmara dos Deputados. 

A proposta previa que os servidores públicos na linha de frente de combate à pandemia pudessem ter reajustes. Tudo foi vetado por Bolsonaro, a pedido do ministro “Posto Ipiranga”, Paulo Guedes. 

No Senado Federal, foram 30 votos pela manutenção do veto e 42 pela derrubada. Na Câmara, o veto – portanto a suspensão dos rejustes e contagens de tempo – foi mantido por 316 votos favoráveis, 165 contrários e 2 abstenções. 

Para ter êxito, o Governo Federal teria pago R$ 4 bilhões em emendas aos deputados, segundo o senador Major Olímpio. 

198 deputados de 9 partidos (PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, PTB, Pros, PSC e Avante) integram o Centrão. O DEM, do presidente Rodrigo Maia, que subiu à tribuna para defender a manutenção do veto, bem como deputados do MDB de Eduardo Cunha, que reorganizara o Centrão para exercer seu poder na Câmara. 

A lista com o voto de cada deputado pode ser consultada no LINK

Votos dos deputados do AP 
Do Amapá, os deputados Camilo Capiberibe (PSB), Professora Marcivânia (PCdoB) e Aline Gurgel (Republicanos) votaram a favor do serviço público e contra o veto. 

Os outros cinco deputados – Acácio Favacho (PROS), André Abdon (PP), Leda Sadala (Avante), Luiz Carlos (PSDB), Vinicius Gurgel (PL) - votaram a favor do veto 17 e contra os servidores públicos na reunião do Congresso Nacional do dia 20/08/2020.

Informações do site Portal Amapá

Comentários

Postar um comentário