Hospital de Santana entregue ao caos

Inaugurada há quase 40 anos, a maior unidade pública de saúde de Santana ‘nunca atravessou uma fase tão difícil e assustadora como vem vivendo nos últimos tempos’. 

Esta é a opinião de um dos inúmeros servidores mais antigos do Hospital Estadual de Santana, na qual pede sigilo à imprensa, onde está cansado de atuar em um local que deveria oferecer às mínimas condições físicas e higiênicas para dezenas de pessoas que procuram a unidade diariamente. 

Hospital de Santana apresentando problemas
Além do servidor – que é apenas um entre muitos que também não estão mais suportando a atual situação da unidade – denúncias e reclamações aumentam entre pacientes e acompanhantes que vivenciam e tentam (dentro de suas condições próprias) amenizar questões que são de obrigação do poder público. 

O blog esteve no local na manhã desta quarta-feira (29) e de imediato constatou várias situações que aqui descrevemos, conforme indicações e questionamentos de funcionários e pacientes que nos orientaram a ver ‘in loco’ um quadro fora daquilo que a população deveria constitucionalmente merecer. 

Vidraças do atendimento foram quebradas
“Já cansamos de pedir e informar para a direção do hospital sobre esses problemas e nada tem sido resolvido. O jeito é pedir ajuda de quem pode nos ajudar que é a imprensa”, afirmou a doméstica Izaura Morais, de 43 anos, que esteve no HE acompanhando sua filha recém-operada de uma criança. 

Insegurança 
A questão da insegurança no hospital foi um dos pontos que há poucos dias teve grande destaque na mídia local após a morte de um jovem que havia de envolvido em uma confusão próximo ao HE. 

Segundo apurou-se na época, após a confirmação da morte do jovem, um ‘arrastão’ se proliferou pelos corredores do hospital, onde houve quebra-quebra de bancos e vidraças no atendimento, além do furto de materiais do local e de funcionários. 

O episódio gerou uma forte sensação de insegurança para quem utiliza o HE – tanto os servidores como outros usuários – que fez com que as autoridades viessem a efetuar rondas periódicas nas imediações, o que não vem passando confiabilidade aos funcionários. 

“Disseram que iriam providenciar um apoio da polícia na mesma entrada onde aconteceu o fato, mas até agora nada”, disse uma fonte ao blog. 

Lixo Hospitalar 
Outro problema que vem à público é um grande acúmulo de entulhos e lixos – em sua maioria, vindos de serviços realizados no Hospital de Santana – na qual estão ao lado de um dos blocos inacabados do anexo do HE. 

Funcionários relataram que o grande acúmulo desse lixo hospitalar vem se propagando há mais de uma semana (vindo materiais descartados até de unidades como a Nefrologia e o Centro de Reabilitação, já que ambos ficam na mesma área no hospital), não havendo previsão de retirada desses materiais do local. 

Sem água nas torneiras 
Considerado um dos serviços básicos de maior necessidade em uma unidade de saúde, o Hospital de Santana padece pela constante falta de água, que estaria sendo afetada devido problemas no bombeamento para a caixa dágua do local. 

Com apoio de um funcionário terceirizado, o blog verificou que o equipamento de supre todo o complexo hospitalar sofre constantes panes, deixando as enfermarias e setores (como cozinha e lavanderia) sem o fornecimento do líquido por vários dias. 

“Já tivemos que comprar água mineral para lavar as mãos e beber, por que aqui no hospital não tem”, contou uma paciente. 

Contaminação pós-parto 
Considerado um dos problemas mais graves e delicados da unidade, o assunto vem sendo parcialmente exposto por pacientes (mulheres) que efetuam trabalho de parto na maternidade do hospital. 

A doméstica Izaura Morais – como apontamos no início desta reportagem – relatou que sua filha deu à luz a uma menina há mais de um mês e dias depois, precisou voltar ao hospital devido está apresentando fortes odores em sua região pós-parto. 

Vereadora Socorro Nogueira inspecionando o HE
“Minha filha precisou passar por uma operação cesária no dia 28 de dezembro e três dias depois foi liberada. Passamos dois dias em casa e ela começou a se queixar de coceiras e um mau cheiro que estaria se exalando devido essa cirurgia. Quando voltei ao hospital, o próprio médico dela disse que essa infecção estava acontecendo somente com as pacientes que passam pelo parto cesário e que eles não estavam podendo usar todas as ferramentas por que não tinham”, revelou a doméstica ao blog. 

Providências 
Tais situações foram encaminhadas à direção do Hospital de Santana por nossa equipe, que na ocasião encontrou a vereadora Socorro Nogueira, que também havia sido comunicada das denúncias e buscava respostas sobre tais demandas. 

Na ocasião, somente uma secretária lotada na direção cordialmente atendeu a reportagem, onde informou que todas as reclamações pautadas já estavam sob o conhecimento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que se comprometeu de sanar as pendências nos próximos dias. 

Já a vereadora Socorro Nogueira adiantou à nossa reportagem que acompanhará o desdobramento dessas situações. 

“A população precisa de um local que tenha pelo menos as condições para atender as demandas. É lamentável vermos o hospital dessa maneira. Mas estarei acompanhando o que poderão fazer o quanto antes”, disse a vereadora.

Comentários

  1. Continuem votando nesses políticos.

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    1. Vao sim e quando fizerem reportagens com eles indo la o povo vai ta agradecendo

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  2. O pronto socorro de Santana está um caos também, fui lá dia 17/01/20 com minha filha passando mal e não tinha material para fazer o exame de hemograma e a enfermeira falou que desde o ano pasado que estava faltando
    o material paea fazer exame...

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  3. China vai contruir dois hospitais em 40 dias... Santana tem um se acabando em 40 anos.

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