Reconstituição tenta esclarecer assassinato de jovem em frente a hospital em Santana

A Polícia Civil e a Polícia Técnico-Científica (Politec) do Amapá fizeram a reconstituição do assassinato do jovem Aurelian Penha, aos 25 anos, ocorrido no mês de maio. Com participação de 12 testemunhas, a simulação tenta esclarecer muitas dúvidas da investigação quanto à ocorrência e autoria do crime quase quatro meses após a morte. 

A reconstituição aconteceu na sexta-feira (30), em frente ao pronto-socorro de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, onde aconteceu o crime. O jovem foi morto com golpes de facadas após uma briga. 

A morte do rapaz foi confirmada pela Polícia Militar (PM) como homicídio e, na época, não existiam muitos detalhes sobre o crime. Para tentar identificar os passos do criminoso e a autoria do assassinato, a reconstituição do caso foi feita através do depoimento de 12 testemunhas. 

“Quando demos início à investigação, pensávamos que ia ser um caso de fácil elucidação, porque existiam várias testemunhas que presenciaram o fato. Contudo, verifiquei que se tratava de um caso bastante complexo, uma vez que o autor das facadas, até o presente momento, não foi localizado e nem identificado”, detalhou o delegado Victor Crispim. 

O delegado acrescentou que a simulação foi organizada porque surgiram várias contradições nos depoimentos das testemunhas. 

De acordo com a Polícia Civil, a morte de Penha se deu após uma confusão generalizada entre a vítima e um dos suspeitos. O jovem estava saindo do hospital com amigos depois da briga, mas acabou sendo esfaqueado. 

“Estamos ouvindo as testemunhas e reproduzindo no local de acordo com o que elas vão falando. Por exemplo, elas vão dando a posição de veículos, aonde elas estavam, com quem estavam”, falou o perito criminal Marcos Ferreira. 

Para a polícia, o laudo final deve servir para verificar inconsistências nos depoimentos iniciais do inquérito. 

Em maio, um dos suspeitos se apresentou à polícia e chegou a ficar preso, mas foi liberado. Outro homem, não identificado, aparece correndo em imagens de vídeo que registraram parte do crime. A polícia aponta esse homem como sendo o autor das facadas. 

A defesa dos suspeitos acredita que a simulação deve servir para elucidar inconsistências que possam existir no caso. 

“Não é 100% determinante, mas é algo que vai tirar controvérsias”, comentou a advogada de defesa Marlene Santos, que é mãe de um dos suspeitos. 

“Nós estamos nessa busca de uma prova. O laudo pericial de reprodução simulada foi requerido pela defesa. Nós pedimos e o próprio suspeito está contribuindo na cena, porque não temos nada a temer”, justificou Jair Sampaio, que também é advogado. 

Atualmente não há ninguém preso pelo crime e a família continua à espera de uma resposta. 

“O Aurelian era um jovem cheio de sonhos, que não foram realizados. Infelizmente mataram todos os sonhos dele, destruíram uma família. Foi muito difícil para uma mãe enterrar um filho no dia das mães, o dia seguinte ao que aconteceu”, lembrou Áurea Penha, tia da vítima. 

Caso 
Aurelian Penha foi morto com golpes de faca na madrugada de um sábado, no dia 11 de maio, numa área em frente ao Hospital de Emergência do município de Santana. 

Informações preliminares do 4º Batalhão da PM confirmaram o homicídio, mas não foram dados detalhes da ocorrência. Aurelian estava no local com amigos quando teria iniciado uma discussão, resultando na morte dele. 

A PM não confirmou também oficialmente se há suspeitos do crime, nem localizou a arma utilizada nas agressões. Aurelian ainda foi levado ao Pronto Socorro, mas não resistiu.

Informações postadas no G-1 Amapá

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