Operação para concluir ancoragem de píer abandonado em Santana mobiliza mais de 30 agentes

O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBM/AP) continua nesta sexta-feira (22/02), os trabalhos retomados nesta semana para fixar toda a estrutura de 6,5 mil toneladas do píer flutuante da mineradora Zamin Ferrous, na margem do Rio Amazonas, no município de Santana. A operação envolve mais de 30 pessoas entre militares e técnicos de máquinas. 

Com 12 metros de largura, a plataforma abandonada pela mineradora tombou na madrugada do dia 12 de fevereiro e o Estado procede com medidas para garantir a segurança da navegação com apoio da Capitania dos Portos. 

Na semana passada, o CBM/AP conseguiu ancorar o píer com cabos de aço, impedindo que a estrutura avançasse para o leito do rio e flutuasse para longe da margem, com risco de provocar acidentes com embarcações. 

Mas, devido à complexidade da operação, não foi possível atracar toda a estrutura, mesmo com todos os esforços para o serviço. 

“Conseguimos avançar com a plataforma, mas vamos buscar mais equipamentos. Pois, agora já sabemos realmente o que é necessário para alcançar nosso objetivo que é trazer o píer para a margem do rio”, informou o comandante-geral do CBM/AP, coronel Wagner Coelho. 

É a primeira vez que o Corpo de Bombeiros do Amapá se depara com uma operação como essa. 

Além da Capitania dos Portos, a operação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Transportes (Setrap) e da empresa S.A Smith, que cedeu um rebocador de médio porte para auxiliar na ancoragem. Cabos de aço puxados por tratores de esteira também estão sendo usados nas manobras. 

Os militares e técnicos esperam concluir até o final da tarde desta sexta-feira, pois vão contar com a alta da maré que poderá proporcionar melhores condições para operar o píer.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está em fase de análise do relatório produzido pela Defesa Civil sobre o incidente. O laudo vai subsidiar o processo judicial que envolve a mineradora, que paralisou as atividades no Estado em 2013, abandonando completamente todo o parque industrial. 

A PGE quer que o Judiciário paulista, onde tramita o processo de recuperação judicial da Zamin, tome uma decisão sobre o caso.

Comentários