Feira do Produtor de Santana mantém sua economia estável

Feira aconteceu todas as segundas-feiras
Quem passa na Avenida Santana, todas às segundas-feiras, no trecho entre as Ruas Salvador Diniz e Presidente Costa e Silva (Centro da segunda maior cidade do Amapá), logo observa um intenso movimento popular que se forma ainda no horário da tarde. 

São pessoas vindas de diversos bairros de Santana, em busca de comprar por gêneros frutíferos e hortigranjeiros cultivados por dezenas de agricultores e colonos oriundos de localidades interioranas e ribeirinhas do Estado. Produtos diversificados que vão do açaí regional aos legumes e verduras plantadas em pequenos vilarejos e comunidades rurais como Nova Colina (em Porto Grande), Pedra Preta (na região do Amaparí), Curralinho, Ilha Redonda, Matão do Piaçacá, Pirativa e até do ramal do km-50 da BR-156. 

“Já tenho clientes certos que compram toda semana aqui comigo”, afirmou o colono Raimundo Corrêa, que comercializa seus produtos na feira do produtor do município há mais de 15 anos. Morador na Colônia do Matapí (município de Porto Grande), seu Raimundo se desloca semanalmente de seu terreno residencial, vindo em uma caminhonete, para oferecer suas variedades de produtos que são plantadas e colhidas em seu terreno. 

Sem condições físicas, feira tem grande movimento
“Saio de lá antes das 06 da manhã trazendo um monte de cestas e sacolas com meus produtos e chego por aqui perto das 09hs da manhã, é quando já vou armando minha venda pros clientes”, contou o colono, que afirmou ainda que antes mesmo do horário combinado para começarem as vendas, seus produtos já vão sendo comprados. “Tem pessoas que nem esperam o final da tarde e já estão levando tudo que é produto pra casa. Quem tem pressa não espera hora de começar, via logo levando”, enfatizou. 

Assim como o colono, estima-se que cerca de outras 70 pessoas comercializem produtos regionais na feira de Santana, dividindo o pequeno espaço que também serve para o fluxo momentâneo de dezenas de frequentadores que procuram o local todas as segundas-feiras. 

Estrutura Precária
Por mais que haja outra feira popular semanal em Santana (situada no bairro Remédios I) que também possui um movimento bem significativo, a feira da Avenida Santana continua sendo a mais procurada. 

Funcionando há quase duas décadas nesse local, abriga de maneira precária seus colonos e agricultores que se deslocam de lugares distantes da área urbana para assim comercializarem suas produtividades hortifrutigranjeiras. 

Tráfego de veículos no local é bastante intenso
Tendo que se apertarem a passos lentos (devido o intenso movimento de pessoas), a estrutura física do espaço ainda é de madeira que já vem apresentando seus sinais de degradação e desgaste, tudo ocasionado pelo tempo. Dos pontos que sustentam parte dessa estrutura, alguns esteios já ameaçam quebrar, podendo até causar uma tragédia humana se caso vierem a se romper durante a tal feira semanal. 

Outra grande preocupação – tanto da classe popular como dos comerciantes – está relacionada ao tráfego e acesso no local. Como o local da feira está no Centro de Santana, a circulação de inúmeros veículos (carros e motos) é incontrolável, sendo muitas vezes preciso o apoio logístico da Superintendência de Trânsito de Santana (STTrans) para manter a ordem no tráfego. 

“Quando eles (o STTrans) não vem, o trânsito fica aberto, aí temos que nos arriscar para atravessar a avenida. Só Deus para nos proteger”, disse o aposentado Manoel Gomes, que frequenta semanalmente o local, já conhecido como “Feira do Porto”

Apesar de haver um antigo projeto (em execução) para a construção da nova Feira do Produtor de Santana, que já vem sendo erguida em anexo com o atual local de comercialização, não existe qualquer previsão para a conclusão de tais obras, que possivelmente oferecerá melhores condições físicas, tanto para os agricultores que vendem seus produtos, como também para com a população santanense.

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