MP-AP encerra oficina para ajudar famílias nos cuidados das pessoas com deficiência

O cuidado com a família da Pessoa Com Deficiência (PCD) foi a essência das oficinas de autocuidado com o tema: ‘Bom Estar com a Minha Família, do Jeito que Ela É!’. 

Além da orientação familiar, a iniciativa do Ministério Público do Amapá (MP-AP) abordou áreas específicas da saúde, educação e inclusão social, no auditório da Promotoria de Justiça de Santana, de 24 a 27 de março. 

A capacitação foi ministrada pela especialista Marilise Einsfeldt, professora e coordenadora de trabalhos de dinâmicas de grupos e constelações familiares no Brasil e no exterior.

Pais, gestores públicos e organizações não governamentais participaram dos quatro dias de formação que encerrou, na tarde da última quinta-feira (27), com depoimentos emocionantes. 

A promotora de justiça Socorro Pelaes destacou que, como parte da ação "ConheSer", executada pela Promotoria de Justiça da Cidadania de Santana, é importante promover a interação entre as famílias e a rede de atendimento psicossocial para a construção de um trabalho que favoreça inclusão, aceitação e acolhimento adequado das pessoas com deficiência e de suas famílias. 

“As oficinas de autocuidado ajudaram famílias a encontrar soluções saudáveis para cuidar das pessoas com deficiência. O objetivo do MP-AP é oferecer apoio e ferramentas para que os familiares possam se fortalecer e melhorar os relacionamentos em casa, promovendo um lar seguro, acolhedor e amoroso”, ressaltou Socorro Pelaes.

Representando o município de Santana, a primeira-dama Enaim Araújo reforçou a parceria entre as instituições. 

“A Prefeitura Municipal de Santana também está trabalhando em parceria com o Ministério Público para elaborar protocolos de atendimento que ampliem a rede de apoio às pessoas com deficiência. Esse esforço conjunto vai garantir mais suporte e recursos para esses cuidadores”, frisou. 

Marilise Einsfeldt compartilhou suas observações sobre a oficina, enfatizando que muitos casos foram discutidos, a exemplo do autismo e outras limitações.

Ela notou que os problemas não estavam nas crianças, mas sim nos pais e na dinâmica familiar: 

“Quando os pais se reconectam, as crianças se sentem mais seguras”, realçou. 

A ministrante orientou os participantes de forma descontraída com exercícios práticos, treinamentos em grupos e individualmente.

Para Vanda Garcia, assistente social da rede Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) Santana, as oficinas promoveram resultados positivos, pois os participantes compartilharam suas dificuldades e encontraram soluções conjuntas. 

“Foi enriquecedor para mim e para minha equipe. Aprendemos muito sobre como abordar as famílias de forma prática e eficaz, considerando as questões emocionais e a realidade única de cada Lar”. 

Elias Vilhena é uma criança autista de 12 anos, estudante da Escola Joanira Del Castillo, em Santana. 

A mãe, Gláucia Vilhena, participou da programação ao lado dele. 

“Aprendemos muito com outras famílias e o tema principal tocou meu coração. Eu amo minha família e estou grata por essa oportunidade de crescimento e aprendizado”, agradeceu.

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