‘Colorindo Santana’: Primeiros trabalhos artísticos e residências pintadas pelo projeto são apresentados para comunidade

O projeto sociocultural Colorindo Santana, desenvolvido pela prefeitura municipal, por meio da secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos (Semop), em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-AP) e o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), apresentou nesta quinta-feira (25), os primeiros desenhos artísticos e pintura de casas realizados pelos jovens participantes. 

No total, 7 residências da comunidade do Ambrósio, na área portuária do município, receberam pinturas multicoloridas desenvolvidas dentro do Colorindo Santana. 

O evento que foi dividido em duas etapas, contou com a presença do prefeito Sebastião Bala Rocha e demais autoridades, que, no primeiro momento, puderam acompanhar a apresentação dos desenhos e pinturas. 

Na ocasião, os participantes receberam certificados de conclusão do curso de pinturas ministrado pelo município. Em seguida, todos visitaram as 7 casas que receberam os primeiros coloridos. 

Em seu discurso, o prefeito destacou a importância do Colorindo Santana para o desenvolvimento da comunidade, da melhoria na qualidade de vida dos jovens envolvidos nas atividades, e falou da alegria de poder ver os primeiros frutos sendo colhidos.

“Sabíamos das dificuldades que teríamos de enfrentar ao abraçar este importante projeto que hoje começamos a ver dar seus primeiros frutos. Quero ressaltar que este trabalho representa um conjunto de benefícios inumeráveis para a comunidade. Estamos falando de algo que vai desde o social, com alcance no empreendedorismo e na economia, entre outros aspectos, sem deixar de falar na autoestima dos jovens envolvidos” pontuou o prefeito que, agradeceu a todos os parceiros da iniciativa. 

O Colorindo Santana faz parte da prática de Justiça Restaurativa. Segundo a juíza Carline Negreiros, titular do Juizado Especial Cível e Criminal de Santana, ver os primeiros resultados do projeto emociona muito, até por conta do desencorajamento que ela enfrentou na ocasião em que se estudava implementar essa ação na comunidade do Ambrósio. 

“Está aqui com vocês hoje, vê a continuidade do projeto, é acreditar que trabalhando juntos é possível transformar” salientou a magistrada. 

Para a promotora Silvia Canela, coordenadora do Núcleo de Mediação e Conflitos do MP, só é possível alcançar os resultados com a Justiça Restaurativa, quando todos se unem em prol do bem comum. 

“A Justiça Restaurativa é inclusão, é participação, é engajamento de todos. É o município, é o Ministério Público, é o Judiciário, são as empresas, são as entidades, são as pessoas. Isso é Justiça Restaurativa. Isso é viver a Justiça Restaurativa. Não se faz Justiça Restaurativa sem esses fatores. Inclusão, participação e engajamento de todos, inclusive da comunidade”, destacou. 

Esses primeiros resultados apresentados são motivos de orgulho para Vandercley Pinheiro, coordenador geral do Colorindo Santana. 

Para ele, a iniciativa abraçada pela atual gestão municipal tem contribuído para melhorar a vida dos participantes. 

“É uma oportunidade para que estes jovens possam aprender e desenvolver uma profissão, o que vai melhorar o futuro deles e de suas famílias”, pontuou. 

Participar de um trabalho artístico como esse foi algo que surpreendeu Viny da Silva. Ele conta que chegou no projeto sem ter nenhum conhecimento de técnicas de pintura, mas com dedicação e em poucos meses de curso, ver o resultado de seu trabalho, é satisfatório. 

“É uma forma de mostrar a minha felicidade por meio desse projeto. Aprendi muito e ainda quero mais, para poder desenvolver todo aprendizado e ajudar minha família. Agradeço muito toda dedicação do professor Marlon, que tem sido um grande mestre para todos nós”, frisou.

Um processo de seleção foi realizado pelo Colorindo Santana e contou com a participação de 15 jovens da comunidade do Ambrósio e também de outros bairros. Desse total, 10 foram selecionados e devem permanecer no projeto por um ano.

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