Quando a vontade de empreender uma ideia anda de mãos dadas com a vida familiar: “Amo o que faço”

Em um mercado que vem sendo constantemente mais competitivo, as mulheres têm cada vez mais avançado no país como empreendedoras, tanto que atualmente o Brasil é o 7º maior no ranking em número de mulheres que são donas do seu próprio negócio. 

O número de mulheres à frente de um negócio no país ultrapassa a casa de 10 milhões, o que representa 34%, de acordo com dados repassados de um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc). 

Entre esses indicativos que estão desenvolvendo um progressivo trabalho no empreendedorismo feminino está a santanense Queliane Garcia, de 40 anos, que nos últimos cinco vem dedicando seu tempo para dois caminhos, porém, sabendo hoje conciliá-lo sem qualquer problema, mas nos relatou algumas dificuldades que precisou atravessar para hoje dialogar para outras pessoas sua experiência. 

Até o ano de 2018, Queliane desempenhava uma profissão sólida como muitos que ainda atuam dentro das margens da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), onde trabalhou em diversas empresas locais, procurando conhecer sempre ‘um pouco de tudo’. 

“Passei por tudo que uma empresa desenvolve, nas áreas financeiras, contábil, gerencial. Nunca gostei de ficar somente numa área, sempre quis aprender um pouco. E confesso que quando decidi vim empreender não encontrei certas dificuldades”, disse. 

Sua agilidade e comprometimento diante de suas obrigações profissionais constantemente levantavam sugestões e elogios por parte de seus superiores. “Meus chefes elogiavam essa forma que me interessava com o andamento das coisas na empresa” 

Carência materna 
Mesmo alcançando um lado positivo (e até promissor) no meio profissional, o lado familiar apresentava alguns empecilhos que precisavam de sua atenção, principalmente com sua única filha de 8 anos de idade. 

Para muitos que trabalham, a rotina diária em um ambiente profissional requer disponibilidade. 

“Como eu tinha hora para entrar, não tinha horário para sair. Isso estava causando problemas emocionais para ela (filha), como carência materna”, relatou. 

Para evitar que situações de saúde piorasse junto à sua filha, Queliane decidiu se desligar da empresa, chegando até mesmo a buscar ajuda médica em outros Estados. 

“Além dessa questão emocional, descobri que ela tinha alergia a produtos com lactose, e isso me deixou mais preocupada e atenta pra ela”. 

Uma pesquisa prévia do mercado 
Já fora do mercado coletivo de trabalho – na qual atuou pela última vez no apoio assistencial em um escritório de advocacia – Queliane logo pensou nas possibilidades de empreender sob seu próprio negócio. 

Porém, a iniciativa precisava de um pontapé inicial que requereu o esclarecimento de inúmeras dúvidas existentes em sua cabeça, entre elas, o ramo que iria atuar e como se manter nele. 

“Conversei com uma ex-colega de trabalho que comentou comigo as possibilidade para montar meu próprio negócio e ao mesmo tempo poderia cuidar da minha filha. Foi quando comecei a fazer uma pesquisa na internet sobre o mercado de vendas, daí fui entendendo novos caminhos que são importantes para se empreender”, contou. 

A partir dessas pesquisas que os primeiros passos foram assim tomados para o surgimento de seu próprio negócio, isso já no ano de 2018, vindo logo depois suas providências para regularizar a idéia. 

“Fui logo recebendo diversos apoios de amigos e conhecidos, daí me cadastrei em 2019 com um MEI (Micro Empreendedor Individual) e procurando assim me colocar nesse mercado”, relatou. 

2020: Um turbulento ano 
Assim como milhares de outros pequenos e grandes empreendedores no Brasil e no mundo, Queliane também atravessou o sombrio ano de 2020 de forma ameaçadora e temerosa devido a pandemia do Covid-19, quando inúmeros negócios tiveram que fechar por intervalos muitas vezes longos, e até mesmo sem perspectivas positiva. 

“Uma preocupação muito grande que eu tive foi com a saúde financeira e durante esses dois períodos que vivemos em 2020 (pandemia e ‘apagão’) procurou manter uma reserva devido estas estabilidades”, explicou a empreendedora, que encontrou forças mentais e econômicas para manter seu projeto. 

“Se eu fosse me deixar abalar pelas situações, tinha fechado meu negócio”, ressaltou.

Incentivadora 
De princípios que passaram a desenvolver um importante papel como empreendedora, Queliane tem um trabalho que hoje é bastante reconhecido, mantendo clientes no Estado do Amapá e pelo Brasil afora. 

Uma profissional que antes recebia orientação de amigos e ex-colegas de trabalho, agora incentiva outras pessoas a montarem seu negócio e valorizarem ainda mais a linha do empreendedorismo individual. 

“Todos os dias recebo sugestões e muita ajuda, pedindo dicas de como devo organizar um negócio, quanto preciso e qual o momento. Vou respondendo como posso através de mensagens e até utilizo em vídeos que faço. Vejo isso como uma coisa que aprendo todos os dias, eu amo tudo isso que faço”, declarou. 

Em expansáo na internet 
Como uma das atuais e mais procuradas ferramentas de divulgação, a empreendedora Queliane também não iria ficar de fora das redes sociais existentes na internet e logo criou páginas de divulgação, que hoje lhe gera um retorno de lucro bastante significativo. 

Além do site que oferece tudo de confecções infantil e juvenil, abriu canais de divulgação pelo Facebook e Instagram. 

Há pouco mais de um mês aderiu ao mundo virtual do Youtube, onde posta vídeos frequentes de motivação para a vida profissional e pessoal. 

Nas redes sociais, o internauta pode encontrar a loja de Queliane Garcia sob o nome: AGATHINHA moda infantil e juvenil, conforme as páginas abaixo. 




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