Monte das Oliveiras: União busca estreitar um acerto sobre situação dos moradores do bairro

Executivo e judiciário estiveram no bairro

Para regularizar a moradia de pelo menos tres mil famílias que moram no bairro Monte das Oliveiras, uma extensa área de quase 17 hectares vem sendo o principal motivo de uma “queda de braço” que envolve o Poder público municipal e as esferas do judiciário estadual e federal há quase cinco anos. 

O terreno em questão é compreendido pelo final da área onde está localizado o bairro nobre da Vila Amazonas e se estende até o início do distrito portuário do Igarapé da Fortaleza, somando em quase 10 mil pessoas residindo na referida área. 

Moradora acompanha visita de comitiva

Buscando uma forma positiva que evite consequências para as partes, uma comitiva composta de representantes diretos do Executivo (municipal e estadual) e do judiciário estiveram visitando o bairro na manhã desta segunda-feira (30), onde atentaram para as condições sociais que a área se encontra nos últimos meses. 

Para o juiz federal João Bosco, da 4ª Vara de Macapá, a necessidade de ceder a área para o município não apenas garantirá melhorias econômicas para o executivo municipal como a certeza de dias melhores para muitas famílias de baixa renda que ali residem. 

“Se o município olhar para a área com o foco de crescimento urbanístico, com a construção de escola, posto de saúde, eu acredito que os moradores saberiam como reconhecer o importante papel que o poder municipal continuará fazendo por eles em qualquer outra situação”, descreve o juiz. 

O prefeito de Santana Ofirney Sadala espera que a imediata regularização da área dará mais força para diversos planos que a estão traçados para o bairro. 

“Todos nós sabemos que o ser humano precisa de um espaço digno para se abrigar com sua família, e não podemos mudar aquilo que está certo de ser realizado a favor dessas famílias”, disse Sadala. 

A área onde hoje está formado o bairro Monte das Oliveiras foi ocupado ilegalmente no início de dezembro de 2013 por cerca de 500 famílias que alegavam não terem para onde irem, e muitas diziam não ter mais condições de continuar pagando aluguel. 

Estavam entre a comitiva o deputado federal Marcos Reategui, prefeito de Santana Ofirney Sadala, Robson Rocha (representante do Governo Estadual), juiz federal João Bosco, vereador Alberto Negrão, e vários secretários municipais.