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Queda do porto aconteceu em março de 2013 |
Além do depoimento verídico dos familiares das seis vítimas do desabamento do porto de minérios a empresa Anglo Ferrous, ocorrido há exatos cinco anos, existe uma forte evidência que confirma tais afirmações.
O porto, que funcionava na área interna da antiga mineradora ICOMI, na cidade de Santana (AP), desabou na madrugada do dia 28 de março de 2013, levando para o fundo das águas do Rio Amazonas, milhões de toneladas de minério, além de seis operários que estavam trabalhando naquela ocasião.
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Desabamento deixou seis operários mortos |
Na época da tragédia, a empresa Anglo ferrous – que respondia pelas ações administrativas e operacionais do porto de Santana – se prontificou em assumir todas as condições em relação ao ocorrido com seus trabalhadores.
No entanto, segundo os familiares das vítimas, o acordo feito entre as partes precisou seguir para a esfera judicial, devido a mineradora ter recebido acusações de não ter cumprido todas as exigências acertadas com as famílias dos trabalhadores.
“Fomos lesadas em vários pontos, e até hoje tem muita coisa que ainda precisa ser resolvida”, disse pelas redes sociais a viúva de um dos trabalhadores mortos no desabamento.
Relatório
Para os familiares, o desabamento do porto já teria sido premeditado, tanto pelas vítimas, como também foi informado antecipadamente aos diretores da mineradora, que não teria levado a sério o aviso.
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A queda de uma estrutura antes da tragédia |
Denominado de “Relatório de Regulação”, o referido documento (contendo quase 150 páginas) é facilmente encontrado na internet e segundo seu conteúdo, foi minuciosamente elaborado por profissionais da área jurídica e da engenharia civil, onde descrevem detalhes históricos e técnicos que levam até a entender que a citada área sofreu “abalos sísmicos” em outros períodos, como em 1955 e o famoso “tremor” de 1993.
Um desses abalos geológicos teria ocorrido dois meses antes da tragédia – ou seja, em janeiro de 2013 – onde teria deixado apenas danos materiais, mas considerando de certa forma como um “aviso prévio” de que algo mais sério poderia acontecer a qualquer momento.
De acordo com descrições e relatos no documento, acredita-se que mesmo sabendo das situações comprometedoras que o local apresentava, as operações de equipamentos e máquinas pesadas da mineradora Anglo se mantinham a todo vapor.
O blog tentou contato com a assessoria de comunicação da mineradora sobre outros incluídos nesse relatório, mas não foi possível falar com qualquer responsável.
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