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Zamin deixou prejuízos após acidente em Santana |
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) reabriu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar perdas financeiras causadas por mineradoras no estado.
A decisão dos deputados foi tomada durante a primeira sessão itinerante do ano da Casa de Leis, realizada na última quinta-feira (22), em Santana, a 17 quilômetros de Macapá.
De acordo com a Alap, a reabertura foi motivada pelo descaso da mineradora Zamin Ferrous, que teria deixado de pagar encargos trabalhistas e valores para empresas prestadoras de serviços.
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CPI reaberta por deputados durante sessão |
“Tomamos essa decisão em virtude do descaso da mineradora, causando prejuízo financeiro às empresas e, principalmente, às famílias santanenses”, declarou o presidente da Alap, deputado Kaká Barbosa (Avante).
As atividades da mineradora ocorriam no município de Pedra Branca do Amapari, a 183 quilômetros da capital. Depois da primeira exportação da mineradora, em 2007, quando ainda era chamada de MMX, do empresário Eike Batista, as ações foram vendidas no mesmo ano para a Anglo American, que revendeu à Zamin, última administradora da concessão.
A produção parou após o desabamento do porto privado da empresa em 2013. A Zamin não concluiu as obras de recuperação da área portuária atingida.
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Acidente em 2013 deixou mortos e desaparecidos |
Em 2017, a empresa conseguiu aprovação do plano de recuperação judicial. Houve a promessa de investimento de 70 milhões de dólares para recuperar negócios e pagar dívidas da empresa, que estavam acumuladas em R$ 1,5 bilhão na época.
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Mineradora foi alvo da Polícia Federal em 2015 |
O processo, que ainda está em curso, cobra R$ 100 milhões para recuperação ambiental da área atingida, indenização das famílias e por danos à coletividade.
A mineradora Zamin também é indicada pelo Ministério Público Estadual (MP-AP) de ter pago R$ 10,6 milhões em propina para aprovação, por parte da Alap, da transferência da concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA).
A anuência foi dada em tempo recorde pela Casa de Leis em 2013 e motivou, quase dois anos depois, a operação Caminhos do Ferro, da Polícia Federal.
Informações do G-1 Amapá
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