Como se não bastassem às dívidas deixadas pelas gestões anteriores, em praticamente todos os setores da administração municipal, a Prefeitura de Santana ainda terá que pagar móveis cotados em dólar no ano de 2007. A denúncia foi feita pelo prefeito Ofirney Sadala, durante entrevista a um programa de TV local, na última terça-feira, 27.
O valor total da compra, segundo o gestor santanense, deve atingir a casa dos R$ 3 milhões.
São mesas, armários e bancadas que estão em salas do prédio principal do complexo administrativo, localizado na Avenida Santana, no bairro Paraíso.
A compra foi efetuada para a inauguração do prédio e o pagamento da dívida é realizado a cada seis meses, em parcela de aproximadamente R$ 400 mil, dependendo da cotação do dólar, com a previsão de que a quitação seja efetuada em 2021.
“Foi um palhaçada, uma brincadeira que fizeram com o dinheiro do santanense”, disse o prefeito diante de um processo de compra inimaginável, até porque não se tem notícia da aquisição de qualquer bem público dessa natureza, tendo como referência o valor de mercado da moeda norte-americana em relação ao Real.
Também chama atenção às dívidas herdadas junto à Caixa Econômica Federal, referentes a empréstimos consignados. Só para se ter uma ideia, a Prefeitura de Santana está tendo que desembolsar mensalmente ao banco R$ R$ 1.046.841 por mês.
Outra denúncia do prefeito é com relação à devolução, que precisa ser feita em até 45 dias ao Governo Federal, de R$ 273 mil, referente a um convenio assinado pela prefeitura em 2007.
Segundo Ofirney Sadala esse convênio foi celebrado com a União, por meio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Prefeitura Municipal de Santana, na mesma gestão que adquiriu os móveis cotados em dólar.
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