Missas, protesto e ‘abraço’ marcam Dia de Finados no cemitério de Santana

Faixas pedem justiça pela morte de Tielli Alves
O Dia de Finados deste ano foi marcado por dor, missas e protesto em Santana. O único cemitério da cidade recebeu muitas visitas, principalmente no período da tarde, quando a maioria das famílias aproveitou o bom tempo para levar flores, acender velas e rezar para entes queridos. 

No local, também foram celebradas missas durante todo o dia, além da distribuição de panfletos e folders religiosos. 

Jovens dando 'abraços' a quem precisa
O túmulo da jovem Tielli Alves – recentemente vitimada por um atropelamento doloso – foi um dos mais visitados nesta sexta-feira de Finados. Havia muitos curiosos deixando mensagens de paz. 

As visitas se intensificaram ainda após ocorrer uma caminhada (ainda no horário da tarde) por algumas ruas e avenidas do Centro de Santana, lembrando a morte da jovem e pedindo paz no trânsito. 

Dezenas de amigos e parentes da jovem de 25 anos, estiveram no cemitério, carregando faixas com dizeres, como ato de protesto pelo ocorrido, na qual já vem sendo considerado um crime bárbaro que deixou a sociedade local bastante abalada. 

“Vim para homenagear meus avós, que estão enterrados aqui, e resolvi parar para rezar pela Tielli. Também tenho uma filha adolescente e fiquei muito emocionada”, afirmou a professora Marilda Santos, de 51 anos. 

“Todos nós sabemos que isso não foi um acidente, minha prima foi morta de maneira covarde e sequer lhe deram o direito de defesa, lutaremos até o final para que esse responsáveis paguem pelo que fizeram”, disse uma parente de Tielli, durante as homenagens realizadas à jovem, no cemitério de Santana. 

Além do protesto pedindo por justiça em relação à morte da jovem, a distribuição de ‘abraços’ foram ofertados por membros de uma entidade religiosa, como forma de reduzir a aflição e ajudar no otimismo moral e emocional durante as visitas no local. 

“Muitas pessoas precisam apenas de um abraço momentâneo para relaxar e deixar que o espírito fique mais livre da angustia, por isso nunca devemos negar um abraço a quem precisa”, disse o membro de um grupo de oferecia ‘abraços’ aos visitantes no cemitério.

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