“Dançar Marabaixo não influenciará seu filho a mudar de religião”, diz única mãe presente em evento escolar

Rosilma Baia e o filho Antony
Foi dentro de um forte comentário – que incluiu estas palavras – que Rosilma Baia, de 30 anos, expressou sua opinião durante o encerramento da Semana da Consciência Negra.

Com um filho que é aluno no anexo da Escola Municipal Osmarina Lima, em Santana, Rosilma sempre o acompanha em qualquer atividade desenvolvida pela escola do filho, sendo ela do âmbito didático como também cultural. 

Durante esta semana, ocorreu uma programação na instituição para marcar a Semana da Consciência Negra, data a ser comemorada no próximo dia 20 de novembro. 

Professora com alunos padronizados
“Eram quatro turmas com 12 ou 15 alunos, fui a única mãe que compareceu para ver a apresentação do filho”, disse Rosilma, pelas redes sociais. 

Para sua surpresa, muitos alunos deixaram de se apresentarem no evento escolar em razão dos pais seguirem uma denominação religiosa. 

“Segundo a professora os pais que são evangélicos não permitiram que os filhos participassem desse tipo de ‘coisa’. Eles fazem ligação com macumba ou sei lá o quê. Mas fiz minha parte, incentivei meu filho e conversei com ele sobre a cultura do nosso Estado”, explicou ao blog. 

Da turma do seu filho Antony, Rosilma disse ter sido a única a comparecer ativamente da programação, o que lhe levou a desabafar nas redes sociais sobre a questão das crenças e seus valores sociais e religiosos. 

“Alguns não foram por que os pais não querem que o filho participe de outras crenças; dançar Marabaixo não influenciará seu filho a mudar de religião, mas o fará ter respeito pelas raízes religiosas do nosso Estado. Mas cada um pensa de maneira diferente”, disse Rosilma. 

Ainda continuou: “Eu fui, arrumei a roupa dele, ajudei a professora, levei lanche para as crianças, isso não me fará melhor que ninguém, mas fará meu filho ficar orgulhoso de me ver lá. Certos prazeres na vida não há preço”. 

Após essa programação, Rosilma já planeja um passeio diferente com o filho, com o objetivo de melhor conhecer um pouco da nossa história local. 

“Quando puder vou levar ele na Fortaleza de São José”, finaliza a mãe.

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