Práticas Restaurativas são aplicadas em escola de Santana durante plantão pedagógico

Há bastante tempo o território da escola deixou de ser um lugar de conflitos de ideias e passou a ser campo de conflitos intersubjetivos. 

Não raros são casos de violência entre alunos, entre alunos e professores, entre professores, enfim, conflitos que alcançam todos os sujeitos da escola e impactam diretamente no bem comum, nas relações entre os membros da comunidade escolar e no processo de ensino e aprendizagem. 

A formação inicial de professores e mesmo os cursos de formação continuada não capacitam os profissionais para a administração de conflitos e nem para a gestão desse tipo de problema. 

Por vezes o docente depara-se com situações conflituosas para as quais não possui métodos efetivos que consigam solucioná-los ou pelo menos ajudá-los a gerirem seus próprios conflitos. 

As atitudes e ações realizadas pelos docentes e demais profissionais das escolas são, na maioria das vezes, guiadas pelo empirismo e pela boa vontade em pacificar os conflitos acabam de fato não atendendo as reais necessidades e anseios dos envolvidos na situação. 

No entanto, tais ações ou não pouco efetivas, ou apenas adiam o desenrolar dos fatos e das consequências, ou provocam sentimentos de impotência tanto para os diretamente participantes do conflito como para os que tentam (docentes) ajudar na resolução. 

Tendo essa visão de buscar soluções sociopedagógicas que o projeto denominado de Círculos Restaurativos viesse a ser desenvolvido em várias instituições de ensino de Santana. 

Neste sábado (18) foi a vez da Escola Estadual Fonte Nova colocar o projeto em prática, onde os pais foram surpreendidos pelo projeto, na qual participaram de uma ‘roda’ de conversa com vários professores e pedagogos lotados na escola. 

Na ocasião, os pais de alunos explanaram as dificuldades que encontram em acompanhar o ensino didático e pedagógico oferecido pela instituição. 

Para a doméstica Dinéia Cavalcanti, que possui um filho que estuda na escola, o projeto é bastante satisfatório, trazendo uma maneira de aproximar os pais para dentro dos acontecimentos que podem envolver seus filhos no ambiente escolar. 

“Isso nos deixa menos preocupado por sabermos que esse projeto vai criar um diálogo entre a escola e nós para sempre nos colocarmos presente nos estudos dos nossos filhos”, reconhece a doméstica. 

A mesma opinião teve o autônomo Jonas Ferreira, que possui dois filhos na escola e aprovou a nova metodologia. 

“Hoje em dia não encontro tempo pra vim à escola, mas procuro saber através de grupos que me passam tudo. Agora com essa tipo de diálogo a situação melhora bastante”, atentou. 

Após a significativa conversa, os pais puderam buscar pelos boletins escolares e elogiaram a iniciativa do projeto dentro da escola.

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