Cleber foi preso dois meses após o crime |
Cleber Pantoja de Lima, o principal suspeito da morte do sargento da Polícia Militar (PM) do Amapá Agenildo Quaresma Ferreira Júnior, foi condenado nesta quinta-feira (02) a 27 anos de prisão em regime fechado. A sessão foi realizada no Tribunal do Júri em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, onde aconteceu o crime.
O crime aconteceu em 2016, em uma área de periferia conhecida pela prática do tráfico de drogas. O sargento da PM havia ido ao local para buscar um irmão, mas foi baleado e agredido. Ele passou três dias internado no Hospital de Emergência (HE) de Macapá, mas morreu.
Lima foi condenado por homicídio qualificado, com motivo fútil. O advogado de defesa, Pauhiny Pinto, informou que vai recorrer da decisão devido o tempo de pena.
“Foi uma pena demasiadamente elevada. Inclusive a pena mínima começou num patamar de 20 anos e nem levou em consideração a própria confissão que, desde o princípio, ele não negou e alegou legítima defesa. [Decisão] muito exacerbada. À defesa não resta outra alternativa a não ser entrar com recurso”, falou o advogado.
O promotor de Justiça Anderson Batista, do Ministério Público (PM), que fez a denúncia e acusação, declarou que também vai recorrer da decisão desta quinta-feira. Para ele, o sargento também foi morto sem possibilidade de defesa.
“Nós recorremos da decisão com relação ao não acolhimento da qualificadora. A gente entende que, pelo menos, o autor do disparo foi o Cleber e hoje ele foi condenado. O policial foi ajudar o irmão dele naquela área, porque estava preocupado, foi com o propósito de ajudar, mas encontrou com o Cleber e acabou morrendo. Nós acreditamos que ele foi morto porque era PM”.
Como estava preso preventivamente no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), ele retornou ao sistema carcerário para cumprir o restante da pena.
Relembre o caso
O crime aconteceu na tarde do dia 23 de outubro de 2016, quando o sargento Agenildo foi buscar um irmão na “ponte do Padeiro”, em Santana. Ele estava acompanhado de outro irmão. O local era conhecido por ter comercialização de drogas.
Na confusão por estar na área perigosa, o sargento da PM foi atingido no abdômen e agredido. Ele passou por cirurgia para retirada da bala, mas não resistiu e morreu três dias após a tentativa de homicídio.
Um dia antes da morte, a PM estourou uma boca de fumo que funcionava na ponte do Padeiro. Um homem de 34 anos chegou a ser preso suspeito no crime, mas foi liberado.
Cleber Pantoja de Lima foi preso na cidade de Santarém, no interior do Pará, 17 dias depois que o mandado de prisão preventiva contra ele foi expedido. Na época, ele tinha 22 anos, e cumpria pena no regime aberto por roubo.
Quando foi preso, em novembro de 2016, confessou o crime e disse que agiu sozinho. Mas, segundo o MP, a investigação da Polícia Civil identificou que Lima agiu com outras duas pessoas.
Com uma arma caseira, Lima atirou contra o policial, que foi perseguido na área de pontes. Ao ser alcançado pelo condenado, a vítima foi agredida com pedaços de madeira.
As agressões teriam sido feitas também por Andrey dos Santos Batista, que morreu em novembro de 2016, e outro homem, conhecido apenas como “Tourão”, que nunca foi preso nem identificado.
O inquérito foi concluído em dezembro de 2016. A denúncia do MP foi feita à Justiça em fevereiro de 2017, por homicídio com duas qualificadoras, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Quando foi preso, Lima disse que não sabia que Agenildo Quaresma era da PM.
“Não atirei com a intenção de acertar ele. Quando eu vi que acertei, eu corri. Eu não sabia quem ele era, nem sabia que era da polícia. Não sei o que vai ser da minha vida daqui para a frente”, falou em novembro de 2016.
Informações postadas no G-1 Amapá
“Foi uma pena demasiadamente elevada. Inclusive a pena mínima começou num patamar de 20 anos e nem levou em consideração a própria confissão que, desde o princípio, ele não negou e alegou legítima defesa. [Decisão] muito exacerbada. À defesa não resta outra alternativa a não ser entrar com recurso”, falou o advogado.
PM Agenildo foi morto em outubro de 2016 |
“Nós recorremos da decisão com relação ao não acolhimento da qualificadora. A gente entende que, pelo menos, o autor do disparo foi o Cleber e hoje ele foi condenado. O policial foi ajudar o irmão dele naquela área, porque estava preocupado, foi com o propósito de ajudar, mas encontrou com o Cleber e acabou morrendo. Nós acreditamos que ele foi morto porque era PM”.
Como estava preso preventivamente no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), ele retornou ao sistema carcerário para cumprir o restante da pena.
Relembre o caso
O crime aconteceu na tarde do dia 23 de outubro de 2016, quando o sargento Agenildo foi buscar um irmão na “ponte do Padeiro”, em Santana. Ele estava acompanhado de outro irmão. O local era conhecido por ter comercialização de drogas.
PM foi morto na conhecida 'ponte do padeiro' |
Um dia antes da morte, a PM estourou uma boca de fumo que funcionava na ponte do Padeiro. Um homem de 34 anos chegou a ser preso suspeito no crime, mas foi liberado.
Cleber Pantoja de Lima foi preso na cidade de Santarém, no interior do Pará, 17 dias depois que o mandado de prisão preventiva contra ele foi expedido. Na época, ele tinha 22 anos, e cumpria pena no regime aberto por roubo.
Quando foi preso, em novembro de 2016, confessou o crime e disse que agiu sozinho. Mas, segundo o MP, a investigação da Polícia Civil identificou que Lima agiu com outras duas pessoas.
Com uma arma caseira, Lima atirou contra o policial, que foi perseguido na área de pontes. Ao ser alcançado pelo condenado, a vítima foi agredida com pedaços de madeira.
As agressões teriam sido feitas também por Andrey dos Santos Batista, que morreu em novembro de 2016, e outro homem, conhecido apenas como “Tourão”, que nunca foi preso nem identificado.
O inquérito foi concluído em dezembro de 2016. A denúncia do MP foi feita à Justiça em fevereiro de 2017, por homicídio com duas qualificadoras, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Quando foi preso, Lima disse que não sabia que Agenildo Quaresma era da PM.
“Não atirei com a intenção de acertar ele. Quando eu vi que acertei, eu corri. Eu não sabia quem ele era, nem sabia que era da polícia. Não sei o que vai ser da minha vida daqui para a frente”, falou em novembro de 2016.
Informações postadas no G-1 Amapá
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