Leilão de área no porto de Santana pretende movimentar R$ 60 milhões

Porto de Santana foi construído na década de 1950
O Ministério dos Transportes confirmou para o mês de maio o lançamento do edital que vai nortear o leilão de uma área de 22 mil metros quadrados do porto de Santana. 

A cessão para a iniciativa privada pode durar até 25 anos e o investimento inicial previsto é de R$ 60,1 milhões. 

O porto, que fica às margens do rio Amazonas, é gerido pela prefeitura da cidade através da Companhia Docas de Santana (CDSA). Mesmo com o leilão, previsto para agosto, a concessão da administração do porto amapaense continua com o poder público. 

A data exata da divulgação do edital não foi informada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mas o Ministério informou através de nota que a área cedida será destinada à movimentação de carga geral, como cavacos de madeira, resíduos vegetais e grãos. 

A Antaq detalhou à Rede Amazônica que, no ano passado, o porto de Santana movimentou mais de 1,5 milhão de toneladas de cargas diversas, sendo mais de 800 mil de produtos derivados de madeira. 

O espaço colocado em leilão é parte do utilizado pela empresa Amapá Florestal e Celulose (Amcel), que deverá participar da nova disputa. 

"Foi dada longa divulgação do leilão no ano passado, inclusive com a Antaq realizando uma audiência pública em Macapá. Estamos aguardando para que esse ano esse processo seja finalizado", detalhou Paulo Roberto Couto, presidente da Companhia Docas de Santana. 

Em 2017, porto movimentou 1,5 milhão de toneladas
A empresa vencedora será aquela que der o maior lance, e os investimentos iniciais são para melhorias na área cedida, como substituição de esteiras e shiploaders. 

Para o Ministério dos Transportes, o arrendamento do porto vai beneficiar o desenvolvimento econômico do estado e resultar no aumento da movimentação de cargas e da geração de empregos. 

Com a nova lei dos portos, sancionada em 2013 pelo Governo Federal, os terminais de uso privados não serão usados exclusivamente para exportar e importar mercadorias da empresa vencedora da concessão. Ela poderá compartilhar o uso do local com outros empreendimentos que buscam utilizar o terminal. 

O porto de Santana foi construído na década de 1950, pela Indústria de Comércio de Minérios (Icomi), para o embarque de manganês. Atualmente, além de escoar minérios, grãos e cavaco, o porto também é local de embarque e desembarque de contêineres.

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