Caso Anglo: Senador amapaense leva denúncia à ONU

Randolfe denunciou atos negligentes da empresa
Não é de hoje que o senador denuncia os crimes cometidos pela Anglo American no Brasil, que começaram em 28 de março de 2013, quando o porto flutuante, em Santana, desabou inesperadamente em um incidente que matou seis operários. 

No início do ano o senador esteve na sede da Anglo American, em Londres, para denunciar à Diretoria da Mineradora a gravidade dos eventos causados pela má atuação da empresa no Amapá: 

“Exigimos deles respostas sobre o descumprimento do TAC firmado com o MP Estadual, a concessão de suporte aos familiares das vítimas do desabamento do porto e medidas preventivas de manutenção da barragem, que está abandonada desde o acidente em 2013”, explica Randolfe. 

Dois dias após o encontro em Londres a Anglo American enviou advogados para Macapá, no dia 2 de fevereiro, para negociar as pendências judiciais da empresa com o estado e ex-funcionários. 

Porém, passados dois meses e nenhuma medida efetiva tomada por parte da empresa no sentido de compensar o povo amapaense por ter explorado as riquezas do estado, e deixado apenas um rastro de sofrimento para as famílias das vítimas do desabamento além da devastação para o meio ambiente, o senador voltou a denunciar a mineradora. 

Senador levou denúncias diretas à ONU
Randolfe lembrou que a farta riqueza mineral do Brasil tem sido objeto de cobiça e exploração desde sempre: “Infelizmente, muitas e muitas vezes as mineradoras atuam apenas visando a maximização de seus lucros, sem qualquer preocupação com os trabalhadores, a população do entorno e o meio ambiente”, afirmou. 

O senador lembrou ainda que os danos causados pela mineradora não se restringem ao Amapá: a Anglo American também foi responsável pelo rompimento de tubulação de mineroduto em Santo Antônio do Grama, na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, 12 de março de 2018. 

Devido ao acidente foi lançado polpa de minério de ferro no ribeirão Santo Antônio, o que deixou a água marrom e a polução da cidade três dias sem água. 

Não fosse o bastante, na última quinta, dia 29 de março, veio a público o terceiro acidente ambiental causado pela empresa no país: a produção de minério de ferro da Anglo American em Minas Gerais causou vazamento de 950 toneladas de polpa de minério de ferro, despejados no meio ambiente em razão de falhas na operação da mineradora.

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